O Chega afirmou esta segunda-feira que irá propor uma “auditoria conjunta entre o parlamento e o Tribunal de Contas aos últimos seis anos de governação socialista”, para “mostrar aos portugueses para onde vai o seu dinheiro”.
“O Chega vai propor uma auditoria conjunta entre o parlamento e o Tribunal de Contas aos últimos seis anos de governação socialista, de forma a analisar com detalhe todos os gastos do sistema político e administrativo, responsabilizar quem tem que ser responsabilizado e mostrar aos portugueses para onde vai o seu dinheiro”, lê-se num comunicado do grupo parlamentar do Chega.
A auditoria em questão, segundo o partido, visa “analisar com detalhe todos os gastos e despesas do sistema político e administrativo durante os últimos seis anos de governação do PS”.
Segundo o Chega, “uma auditoria recente da Inspeção Geral de Finanças (IGF) deu conta de que, no ano de 2019, o Estado não controlou devidamente e como lhe competia a atribuição de 3,1 mil milhões de euros em subvenções, o que configura um enorme desrespeito pelo dinheiro dos contribuintes”.
“Esta falta de controlo e transparência na utilização de dinheiros públicos estende-se às mais variadas áreas e setores, desde os elevados montantes que o Governo continua a injetar no Novo Banco e na TAP, até aos valores pagos a peso de ouro por estudos e pareceres sem qualquer justificação”, diz o partido.
Criticando o “descontrolo no uso do dinheiro público”, o grupo parlamentar do Chega aborda ainda os “gastos abusivos em fatos, bebidas e tapetes” durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2021, assim como “ventiladores encomendados e pagos à China que, em pleno pico da pandemia, chegaram com atraso ao território nacional” ou “70 mil golas antifumo que faziam parte de um ‘kit’ distribuído à população e que afinal era inflamáveis”.
“Este descontrolo não augura nada de bom, numa altura em que Portugal irá receber avultados montantes em fundos europeus, cuja aplicação necessita de ser devidamente fiscalizada. Não há dinheiro para salários e pensões, para polícias, médicos, professores, militares, mas depois há milhões de euros que saem dos cofres do Estado sem qualquer controlo ou justificação”, refere o partido.
Em janeiro, durante a campanha para as eleições legislativas, o líder do Chega, André Ventura, tinha desafiado os restantes partidos de direita a pronunciarem-se sobre a necessidade de fiscalização dos gastos do Governo de António Costa.
“Se o Chega for a terceira força política no dia 30 de janeiro, se conseguirmos formar uma maioria de direita, a primeira e mais urgente tarefa será uma auditoria completa aos gastos políticos e despesas do sistema político e administrativo que o PS teve em seis anos de governação”, tinha afirmado Ventura na altura.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL