A coligação que une o PCP e o PEV quer ter lugar na Câmara alcouteneja nestas eleições de Outubro e para tanto avança com o cabeça-de-lista à autarquia Mário Nunes.
Aos 65 anos o candidato aposta na dinamização do sector produtivo, sem a qual, diz: “o concelho definha e morre”.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Mário Nunes (MN): Candidato-me porque sinto profundamente o meu concelho e os graves problemas económicos e sociais que o enfermam e prejudicam as suas populações, principalmente as mais desfavorecidas e frágeis socialmente. Nessa perspectiva sinto poder ajudar, em conjunto com os demais candidatos da CDU Alcoutim, a resolver esses problemas do concelho e das populações.
A CDU Alcoutim tem no seu programa um conjunto de propostas de grande alcance e se forem implementadas elas vão ao encontro das necessidades e das soluções para reverter o acelerado processo de desertificação dos campos e o despovoamento das aldeias e montes e essa enorme preocupação, que sinto e vivo no concelho, foi determinante para ter aceitado este desafio político, que a CDU me endereçou.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho são?
MN: O acesso aos cuidados de saúde, em caso de doenças súbitas ou nas consultas de rotina; A desertificação dos campos; o êxodo dos jovens, quando terminam os seus estudos, devido às dificuldades em entrar no mercado de trabalho no seu concelho; Um défice significativo em infra-estruturas de saneamento básico; Falta de água de qualidade, para consumo humano, em muitas povoações; A falta de água no verão para explorações hortifrutícolas e pecuárias;
A conclusão do IC27 até Beja; A ponte rodoviária Alcoutim / San Lúcar; Uma cobertura do concelho em banda larga para internet, sinal de rede telemóveis e TDT, capazes de satisfazer as necessidades das populações; A dinamização e segurança do Parque Empresarial de Balurcos, para atrair investidores. Satisfeitas estas necessidades, ou uma parte significativa delas, estão encontrados os caminhos que nos conduzirão ao crescimento económico e à fixação das populações.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
MN: A CDU leva muito a sério a defesa dos direitos dos cidadãos e nesse sentido entregar-se-á de “corpo e alma” para a resolução dos graves problemas que enfermam o concelho de Alcoutim e a qualidade de vida das suas populações, as quais se confrontam, por vezes, com algum abandono por parte do poder Central e Autárquico.
A CDU Alcoutim não quer, de forma alguma, repetir a “receita” até agora posta em prática, a qual já demonstrou não ser capaz de resolver os problemas de Alcoutim e suas populações e nesse sentido a CDU não se poupará a todos os esforços para que os jovens se sintam apoiados quando precisam, levando a que se fixem no concelho e vivam próximos de seus familiares e amigos. A CDU considera que se forem satisfeitas essas exigências sociais, mais facilmente o desenvolvimento económico será concretizado e revertido o processo de desertificação e despovoamento em curso.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
MN: Não conhecendo ainda as propostas dos outros dois candidatos, apenas posso dizer que as propostas da CDU Alcoutim vão no sentido da dinamização da economia real do concelho e a melhoria das condições de vida das suas populações, concretamente com o apoio aos jovens empreendedores e que queiram viver no concelho, apoio esse que deve satisfazer as suas necessidades técnicas, jurídicas e outras e que se traduzam na valorização dos seus conhecimentos e do seu trabalho.
A CDU Alcoutim não pode deixar de regozijar-se pela existência de um conjunto de infra-estruturas, as quais permitem actividades na área do desporto, lazer e convívio e nesse sentido a CDU apoia incondicionalmente a sua continuidade e a melhoria dessas condições, sem contudo deixar de realçar, como fundamental, a dinamização do sector produtivo, nas mais diversas áreas de actividade, porque sem produção e sem a criação de empregos e riquezas, o concelho de Alcoutim definha-se e “morre”.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
MN: A implementação de uma incubadora de empresas, a qual permitia também a dinamização do Parque Empresarial de Balurcos e a Orçamentação de um Concurso Ideias Inovadoras, onde anualmente sejam seleccionados seis projectos, como forma de incentivar os Alcoutenejos a criarem o seu próprio emprego, sendo um dos requisitos para as avaliações dos projectos, feitas por um painel de júris de reconhecida idoneidade, uma interação efectiva com as empresas já instaladas ou a produzir no concelho, dando como ex. a Charcutaria “Feito no Zambujal”; a Dandlen & Vasques (óleos essenciais); a Naturficus (pomar de figo-da-índia), entre outras.
Os estímulos dados aos projectos inovadores, com enfoque nos sectores produtivos, transformação e serviços, dariam uma maior confiança aos empresários já instalados e aos que certamente iriam querer investir no concelho, permitindo assim criar a desejável cadeia de valores e a tão necessária dinâmica empresarial, no concelho de Alcoutim.