A Comissão Coordenadora Distrital do Algarve do Bloco de Esquerda defende “a rápida intervenção na barra de Tavira, a qual está bastante assoreada, com a agravante de ter piorado no último Inverno”, o que provoca “situações de extrema gravidade, originando riscos acrescidos para as embarcações, tripulações e passageiros”.
Esta grave situação respeita tanto “às embarcações de pesca, como às embarcações marítimo-turísticas. É uma situação deveras preocupante e que se tem arrastado ao longo do tempo”, explica o Bloco de Esquerda em comunicado.
As comunidades piscatórias, principalmente de “Tavira, Santa Luzia e Cabanas sofrem com o assoreamento e com o constante encerramento da barra, o que prejudica a faina e a viabilidade económica destas populações”.
Segundo os bloquistas, “há mais de 10 anos que não se verifica qualquer atividade de desassoreamento da barra de Tavira, o que demonstra o desprezo a que os sucessivos governos têm votado a atividade económica e as populações da zona”.
O Bloco de Esquerda defende que ainda neste verão seja efetuado “o desassoreamento da barra de Tavira, de forma a que não se agrave o problema no próximo Inverno”.
No passado dia 7 de julho, o grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o governo na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar sobre essa necessidade urgente.
A reforçar esta necessidade, no passado dia 19 de junho foi aprovado na Assembleia da República um Plano de Emergência Social e Económico para o Algarve, da autoria do Bloco de Esquerda, que contempla várias medidas a executar pelo governo.
Uma dessas medidas é que o governo deve “avançar com um plano de requalificação dos portos de pesca e lotas que se encontram degradadas, desassorear portos, barras e canais como exemplo de investimento público que potencia a criação de emprego”.
“Deve o governo cumprir o que foi aprovado na Assembleia da República começando pela situação mais grave e urgente, como o desassoreamento da barra de Tavira, ainda este verão”, conclui o Bloco de Esquerda.