A taxa de militância em partidos políticos tem vindo a diminuir e atualmente ronda os 2%, tendo chegado quase aos 6% em 2002. De acordo com o “Diário de Notícias”, para além da diminuição do número de membros, verifica-se, ainda, uma diminuição dos “militantes ativos”: os “que dão tempo ao partido” não ultrapassam os 20%.
“São maioritariamente homens, cerca de 74,5%, com idades entre os 35 e os 74 anos [a média está nos 47 anos], com qualificações académicas elevadas: a maior parte (65%) tem uma licenciatura, e são maioritariamente empregados. E assumem-se como pertencendo à classe baixa ou média-baixa. Dizem-se pouco religiosos”, revela o retrato-tipo dos militantes de uma investigação de Paula Espírito Santo e Marco Lisi. No entanto, estes dados estão incompletos, uma vez que há falta de “vontade” de boa parte dos partidos em revelar informação que “permita um estudo mais aprofundado e universos mais alargados”.
Nos partidos mais antigos, a idade média está acima dos 50, 60 anos. Já nos partidos mais novos verifica-se “um aumento de filiados” porque os partidos “assumem temas fraturantes ou específicos no seio da sociedade. Como por exemplo os partidos de extrema-direita ou os partidos ecologistas”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL