Hoje, conhecemos um escritor, mamã!”, “Mamã, ouvi uma história muito gira esta manhã, na escola!”, “Mãe, hoje ouvi um senhor falar sobre violência na escola!”. Assim começa, possivelmente, a descrição de um dia da vossa criança. Na verdade, testemunha o trabalho realizado pela escola ou pelo S.A.B.E. (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares), existente nas bibliotecas municipais.
Neste último caso, este serviço colabora na dinamização e promoção do livro e da leitura, proporcionando encontros com escritores, quer na escola, quer na biblioteca municipal. Realiza, ainda, projetos em parceria com as bibliotecas escolares do concelho em que se integram, visando o desenvolvimento de competências leitoras junto do público escolar.
As atividades desenvolvidas pelo S.A.B.E. tanto podem acontecer nos espaços da biblioteca municipal, como na biblioteca escolar, mas possuem sempre uma vertente lúdica que permite ao aluno aprender sem uma formatação mais rígida. Nesta parceria – S.A.B.E./Escola – ir ao encontro do professor/turma é fundamental, uma vez que se abordam temas e conteúdos que poderão ser aprofundados em sala de aula ou, de modo individual, pelos alunos.
O S.A.B.E. torna-se, deste modo, um agente essencial no reforço dos hábitos de leitura das crianças em idade escolar, trabalhando em conjunto com técnicos e professores de escolas, na área da literacia. Através da exploração do imaginário infantil e juvenil, da abordagem diferenciada de temáticas cada vez mais pertinentes e atuais, procura estimular o aluno para uma visão crítica sobre o mundo que o rodeia, participando, desta forma, na formação de um futuro cidadão responsável.
Mas ao S.A.B.E. competem ainda outras vertentes importantes tais como:
– aconselhar na seleção dos meios de informação;
– implementar o serviço de biblioteca;
– proporcionar apoio técnico na organização e tratamento documental dos acervos das bibliotecas escolares do concelho em que se enquadra;
– colaborar com os técnicos das bibliotecas escolares na partilha de procedimentos, através da realização de ações de formação, com vista a uniformizar cada vez mais tarefas;
– responsabilizar-se pelo catálogo coletivo (quando existente) da rede de bibliotecas concelhias, mantendo atualizado o mesmo e respondendo a lacunas/dúvidas relacionadas com o software utilizado.
Ana Miguel e Inês Colaço / Biblioteca Municipal Lídia Jorge – Albufeira