Que sociedade é esta, em que o cidadão paga o Serviço Nacional de Saúde, mas, quando dele necessita, por não ter assistência, é forçado a recorrer a serviços de saúde privados – ou seja, cujos edifícios, equipamentos e profissionais de saúde são pagos através dos seus próprios recursos? Ainda assim, ao adquirir medicamentos para tentar repor o seu estado de saúde e conseguir produzir para o PIB nacional, é forçado a pagar IVA.
Valor “acrescentado” a que fator e a quem?
Será esta uma sociedade justa?
Um “Estado” absorvente?
Que governação criamos e consentimos?
A “confiança transmitida” pelo poder nas últimas décadas não nos permite, infelizmente, confiar num futuro melhor para a saúde.
Será o equipamento de saúde insuficiente ou distribuído sem atender à densidade populacional fixa ou sazonal?
Não será, certamente, por falta de bons exemplos de serviços de saúde funcionais noutros países.
Então, o que nos falta?
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