O Presidente Marcelo, na entrega dos Prémios Gazeta de Jornalismo, procurou «beijocar» a jornalista Marta Vidal que, pela reportagem «A Liberdade, lá em cima: os pássaros de Gaza», publicada no Expresso, fora distinguida com um deles, rejeitando-lhe esta, numa cena, simultaneamente hilariante e humilhante para Marcelo, a «beijoca», limitando-se a estender-lhe a mão como cumprimento.
Como se não bastasse tal rejeição, permitiu-se, ainda, a jornalista em causa, no subsequente uso da palavra, criticar a conivência de políticos e líderes do país com o genocídio que está a ocorrer em Gaza, acusando, nomeadamente, Marcelo, o Governo e o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, igualmente presente na entrega dos prémios, de todo um «silêncio» perante a «aniquilação de um povo e de um território» por parte de Israel.
Se os líderes europeus que se tem, não fazem lembrar os personagens de uma Ópera Bufa, não se sabe, então, o que farão lembrar!
A propósito, alguém escreveu, o que não podemos deixar de subscrever:
«Pela coragem e desassombro, Marta Vidal redime, mas também envergonha essa classe profissional que cala, colabora e rasga diariamente a carta deontológica do ofício. Mereceu largamente o galardão e esbofeteou publicamente com estrondo e sem luva de pelica a cobardia de bem, a hipocrisia medrosa e o double standard do nosso tempo. Temos jornalista!».
Entretanto, dá-nos a Lusa conhecimento que «vários líderes europeus manifestaram críticas ao magnata norte-americano Elon Musk e alertaram que o dono da rede social X representa um perigo para a democracia, ao interferir na política de países como a Alemanha».
Ou como a Geórgia, adiantaríamos nós!
Se os líderes europeus que se tem, não fazem lembrar os personagens de uma Ópera Bufa, não se sabe, então, o que farão lembrar!
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