A atmosfera sobre o Atlântico Norte continua particularmente ativa e, nos próximos dias, Portugal continental volta a sentir os efeitos de várias frentes atlânticas. O país permanece sob a influência de sistemas depressionários sucessivos que trazem chuva, vento e mar agitado, como adianta o site especializado em metereologia, Meteored. A explicação está no posicionamento da corrente de jato polar, que continua a abrir caminho para a formação e deslocação de tempestades rumo a Portugal e à restante Europa Ocidental.
Mar continua a ser o elemento mais crítico
Na quarta-feira passada, dia 3, houve uma breve pausa na instabilidade depois da frente que já tinha passado pelo território, mas o mar manteve-se como o ponto mais crítico. A ondulação de noroeste deixou toda a costa sob aviso do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
No litoral norte e centro, o risco foi considerado significativo, com ondas entre 5 e 6 metros e picos que, pontualmente, poderão ter chegado aos 11 metros. A sul de Lisboa, o risco foi moderado. Segundo a mesma fonte, esta situação deverá perder intensidade ao longo da semana.
A costa deverá melhorar durante o fim de semana
Esta sexta-feira deverá trazer algum alívio à costa sul, que poderá ficar temporariamente fora de avisos. No sábado, o cenário deverá estender-se a todo o litoral continental, após vários dias marcados por mar muito alterado. Será uma melhoria bem-vinda, mas não durará muito.
Hoje, quinta-feira, uma nova frente atlântica cruza o país de noroeste para sudeste e volta a trazer chuva generalizada.
Os acumulados mais elevados são esperados no Minho, especialmente em Braga e Viana do Castelo, onde os valores horários poderão ultrapassar os 5 mm. Ao longo da manhã, a precipitação avança para o centro do país e tende a abrandar no final do dia.
Instabilidade reforça-se nas regiões a norte do Tejo
A instabilidade pós-frontal deverá manter-se na sexta-feira, sobretudo a norte do Tejo, com aguaceiros frequentes ao longo do dia.
No sábado, o tempo volta a complicar-se. A nebulosidade será densa em grande parte do território e o norte e o noroeste deverão registar os acumulados mais significativos, com períodos de chuva localmente forte, sobretudo durante a tarde.
As aberturas entre sistemas frontais serão curtas e irregulares. A circulação atlântica continua intensa e favorece aguaceiros que, em alguns momentos, poderão ser mais intensos e acompanhados de trovoada. O vento deverá manter-se moderado a forte no litoral, reforçando a sensação de instabilidade que tem marcado esta semana.
A tendência geral mantém-se: frentes atlânticas sucessivas, mar agitado e uma circulação atmosférica que não dá sinais de abrandar. O Meteored sublinha que o Atlântico Norte continua a ser o principal motor das condições meteorológicas em Portugal nesta fase do ano.
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