Uma passageira inglesa relatou ter usado uma estratégia invulgar para evitar custos adicionais antes de embarcar num voo em Lisboa. O objetivo era simples: não pagar mal aeroporto face às restrições da companhia, mantendo-se dentro das regras para a bagagem de cabine sem ultrapassar medidas e pesagens.
Uma estratégia improvável
A viajante regressava num voo da Wizz Air, que permite gratuitamente apenas um volume de 40 x 30 x 20 centímetros. Depois de ter gerido a ida com um colete de pesca cheio de bolsos, decidiu testar outra solução no regresso e encontrou num sutiã grande, comprado em saldo por cinco euros, a base para o “truque”.
Segundo o relato, a ideia passou por contornar a medição da mala sem interferir com a segurança. As companhias verificam dimensões e peso da bagagem, não do corpo do passageiro, o que levou a viajante a experimentar um método de transporte por debaixo do casaco, com a intenção de apenas passar a barreira do embarque.
Transformação após a segurança
Para evitar constrangimentos no controlo, o sutiã seguiu vazio até à zona de embarque. Já depois da segurança, na casa de banho, vestiu-o por cima da camisa e começou a enchê-lo com itens leves: biquíni e equipamento de ginásio num lado, colete de pesca no outro, sempre com o casaco fechado para disfarçar o volume.
O processo trouxe calor e desconforto, mas a passageira avançou para a porta de embarque. O companheiro de viagem notou a diferença visual, sem comentários, e a viajante assumiu alguma tensão pela possibilidade de ser chamada a justificar o aspeto ou a testar a mala no calibrador. “[Estava a] rezar para que ninguém reparasse que eu, basicamente, estava a vestir metade da mala em cima do peito”, revela Chelsea Dickenson, num artigo posterior que escreveu no site noticioso britânico Metro.
Embarque sem incidentes
O embarque decorreu sem questionamentos e a bagagem de cabine passou nos controlos. Já no lugar, a viajante tentou retirar discretamente o sutiã volumoso colocado por cima da camisa, operação que demorou e acabou por atrair olhares de curiosidade dos restantes passageiros.
Do ponto de vista prático, a experiência cumpriu o objetivo: evitou um pagamento por uma mala adicional e manteve os artigos pessoais consigo. Ainda assim, a autora do relato sublinhou os inconvenientes óbvios, do desconforto térmico ao risco de embaraço caso fosse necessário retirar camadas.
Limites e alternativas
A solução mostrou-se limitada em capacidade e difícil de disfarçar. Com poucas peças, a silhueta alterou-se de forma evidente, tornando a estratégia pouco utilizável em cenários com maior volume de roupa ou em voos longos.
No balanço final, a passageira disse não pretender repetir a experiência. Indicou que um casaco com bolsos fundos ou peças com vários compartimentos podem oferecer resultados semelhantes, com menos desconforto e menor probabilidade de constrangimentos a bordo.
Regras e contexto de viagem
A experiência decorreu num quadro em que a transportadora oferece apenas um item pequeno gratuito na cabine e cobra extra por volumes adicionais. A viajante focou-se em passar a medição da bagagem, salientando que não pretendia interferir com processos de segurança ou transportar objetos proibidos.
O caso ilustra o tipo de soluções improvisadas que alguns passageiros testam para se manterem dentro das políticas de bagagem sem incorrer em custos. Ainda assim, a própria autora recomendou prudência e alternativas mais discretas para evitar pagar mal aeroporto quando as restrições de bagagem são apertadas.
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