A proximidade entre Elon Musk e a política dos Estados Unidos tem gerado preocupação, especialmente pela sua presença frequente ao lado do ex-presidente Donald Trump. Agora, a juntar ao vasco leque de polémicas em que se vê envolvido o homem mais rico do mundo, vamos falar-lhe de mais uma neste artigo.
Sempre a ‘puxar cordelinhos’
Embora Musk tenha um papel de “funcionário especial do Governo” como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), há quem veja nele um verdadeiro “mestre das marionetas”, influenciando decisões políticas importantes. Um exemplo foi o dia em que a Casa Branca se transformou num autêntico show room da Tesla, com Trump a incentivar a compra de carros elétricos da marca.
Uma vida na controvérsia
Musk não é estranho a controvérsias. Recentemente, causou alarido ao oferecer dinheiro para que as pessoas assinassem uma petição polémica, algo semelhante ao que fez durante a campanha presidencial americana, quando lançou uma lotaria de um milhão de dólares para encorajar o voto — uma ação que pode até ser considerada ilegal.
Não é a primeira vez
Esta não foi a sua primeira incursão nesse tipo de iniciativas. Musk já tinha sido criticado por oferecer 47 dólares a quem assinasse uma petição de apoio à Primeira e à Segunda Emendas da Constituição dos Estados Unidos.
Agora, o super PAC de Musk está a distribuir 100 dólares a eleitores registados no Wisconsin que assinem uma petição contra “juízes ativistas”, conforme reportado pelo ‘The New York Times’, citado pela Executive Digest. O objetivo será ajudar a eleger o candidato conservador Brad Schimel para o Supremo Tribunal do estado, nas eleições marcadas para 1 de abril.
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O que defende esta petição?
A petição defende que “os juízes devem interpretar as leis como estão escritas, não reescrevê-las para se adequarem às suas agendas pessoais ou políticas”. Os signatários declaram assim a sua oposição a juízes que “impõem as suas próprias visões” e exigem um sistema judicial que se limite a interpretar a lei.
Segundo analistas, a ação visa desviar a atenção mediática e mobilizar eleitores conservadores. Paralelamente, permite ao America PAC recolher dados sobre potenciais eleitores de Schimel.
O Wisconsin tem sido palco de batalhas políticas intensas. Após uma expressiva vitória liberal em 2023, o America PAC terá investido cerca de 11 milhões de dólares para apoiar Schimel. Se ele vencer, teme-se que o estado adote posições mais conservadoras em questões delicadas, como os direitos ao aborto.
Uma vitória dos conservadores
Uma eventual vitória de Schimel poderá beneficiar não apenas a política conservadora, mas também a própria Tesla. A empresa de Musk processou recentemente o Wisconsin para tentar revogar uma lei que impede fabricantes de possuírem concessionárias.
As ações de Elon Musk têm gerado reações acaloradas. O jornal ‘POLITICO’ revelou que o Partido Democrata local tem respondido com uma forte campanha mediática, acusando Musk de tentar “comprar” o Supremo Tribunal do Wisconsin.
Acusações dos democratas
Nos seus anúncios, os democratas afirmam que “Elon Musk está fora de controlo” e que o bilionário “está a despejar milhões para garantir a vitória de Brad Schimel”, a quem acusam de “estar à venda”.
O dinheiro pode comprar tudo?
Com as eleições ao virar da esquina, o impacto da intervenção de Musk ainda está por determinar. No entanto, uma coisa é certa: o homem mais rico do mundo continua a fazer ondas no cenário político americano, alimentando discussões sobre o poder do dinheiro na democracia.
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