Os próximos meses poderão trazer perturbações significativas em vários aeroportos nacionais. Quem tenciona viajar de avião deverá estar atento às paralisações convocadas por dois sindicatos que representam trabalhadores da Menzies, empresa responsável por serviços de assistência em terra.
A paralisação teve início quinta-feira, dia 4 de setembro, e prolonga-se até janeiro de 2026, avança a revista Forbes. A dimensão do calendário de greves faz antever impacto em alturas de grande procura, incluindo fins de semana prolongados e a época festiva.
Greves até janeiro
A greve foi convocada pelo SIMA – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins e pelo Sindicato dos Transportes (STA). Está prevista em períodos alternados entre setembro e o início de janeiro, num total de 76 dias.
Os sindicatos justificam a decisão com a ausência de acordo nas negociações laborais, explica a mesma fonte. A paralisação é mais um capítulo de um conflito que já motivou greves durante o verão.
Serviços mínimos contestados
O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos para reduzir o impacto das greves. No entanto, o SIMA considera que a decisão obriga a assegurar até 80% da operação normal, o que ultrapassa o conceito legal de serviços mínimos.
O sindicato criticou a decisão, defendendo que limita o direito à greve e beneficia a empresa. Por sua vez, a Menzies afirmou que não houve qualquer alteração aos compromissos assumidos até 2029.
Calendário das paralisações
A primeira greve decorre entre 6 e 9 de setembro. Seguem-se novas paragens de 12 a 15, de 19 a 22 e de 26 a 28 de setembro.
Em outubro estão previstas paralisações de 3 a 6, de 10 a 13, de 17 a 20, de 24 a 27 e de 31 a 3 de novembro. No mês seguinte haverá novas greves de 7 a 10, de 14 a 17, de 21 a 24 e de 28 a 1 de dezembro.
Natal e Ano Novo em risco
Em dezembro estão ainda previstas greves de 5 a 8, de 12 a 15 e uma última, mais prolongada, de 19 de dezembro a 2 de janeiro, revela ainda a Forbes. Esta abrange todo o período do Natal e do Ano Novo.
Quem planeia viajar de avião nessas datas deverá estar preparado para possíveis atrasos ou alterações de voos. A paralisação durante a época festiva poderá ser a mais impactante de todo o calendário.
Sem acordo à vista
O SIMA anunciou estas greves em agosto, depois de suspender paralisações previstas para o final desse mês, na sequência de reuniões no Ministério do Trabalho. No entanto, a ausência de avanços nas negociações levou ao agendamento desta nova onda de protestos.
A Menzies garantiu que a suspensão das anteriores greves não resultou de acordo ou concessões. Sublinhou que a sua posição se mantém inalterada.
O que esperar nos próximos meses
Com este cenário, o risco de perturbações no setor aéreo mantém-se elevado. O calendário de paralisações coincide com períodos de grande movimento nos aeroportos nacionais.
Assim, quem vai viajar de avião entre setembro e janeiro poderá enfrentar dificuldades acrescidas. As próximas semanas mostrarão se há espaço para aproximação entre as partes ou se as greves avançarão conforme planeado.
Leia também: Saiba em que situação já não compensa pedir fatura com NIF
















