No norte de África existe um destino que se distingue por uma identidade visual singular e tradição histórica marcante. Esta cidade inigualável atrai visitantes de todo o mundo, curiosos para conhecer as suas ruas e vivências únicas.
O seu enquadramento natural e as influências culturais que a moldaram fazem dela um local diferente de qualquer outro na região. Quem a visita encontra uma fusão entre património e paisagem montanhosa.
Falamos de Chefchaouen, em Marrocos, destino que foi considerado “um espetáculo cromático único” pelo blog de viagens Memphis Tours, devido à cor azul presente em toda a localidade.
Como chegar ao destino
Não existe aeroporto próprio, o que torna a viagem parte integrante da experiência. As opções mais comuns passam pelos aeroportos de Tânger ou Fez, seguidos de transporte terrestre.
De Tânger, a ligação de autocarro demora cerca de três horas e tem um custo aproximado de 4,30 euros. Já a partir de Fez, o percurso dura cerca de quatro horas e meia, com várias partidas diárias e tarifa de 7,10 euros.
Melhor altura para visitar
A localização em plena serra proporciona variações climáticas ao longo do ano. As estações mais indicadas são a primavera e o outono, quando as temperaturas são mais moderadas.
No verão, o calor é atenuado pela altitude, mas continua a ser aconselhável visitar fora das horas de maior exposição solar. O inverno apresenta temperaturas baixas e maior humidade, com menor afluência de turistas.
O centro histórico e as suas cores
O centro é marcado por ruas estreitas e construções pintadas em diferentes tons que definem a imagem desta localidade. A tradição de colorir as fachadas remonta a antigos habitantes que associavam as tonalidades ao simbolismo espiritual.
Praças centrais, como a Uta El-Hammam, concentram cafés e restaurantes, funcionando como ponto de encontro para residentes e visitantes. O Kasbah, edifício histórico junto à praça, alberga um museu e oferece vistas amplas sobre a cidade.
Património e arquitetura
A Grande Mesquita destaca-se pelo seu minarete octogonal, um elemento raro na arquitetura local. A construção remonta ao século XV e mantém um papel importante na vida comunitária.
Edifícios históricos e espaços públicos mantêm-se preservados, refletindo a herança cultural e o passado de confluência de povos.
Natureza e paisagem envolvente
Nas imediações, a Mesquita Espanhola proporciona uma vista panorâmica sobre a cidade e as montanhas. A caminhada até ao local dura cerca de 40 minutos e é recomendada ao final da tarde.
A cascata de Ras El-Maa, situada no percurso, continua a ser utilizada pela população local para lavar roupa, preservando práticas tradicionais.
Aventuras ao ar livre
As quedas de água de Akchour, a menos de uma hora de carro, são um dos pontos naturais mais procurados. O percurso inclui trilhos pedonais que levam até a Grande Cascata e à Ponte de Deus, uma formação rochosa natural.
O Parque Nacional Talassemtane, com 60.000 hectares, oferece trilhos, biodiversidade rica e paisagens montanhosas. Entre as espécies que o habitam contam-se o macaco-de-barbária e a águia-dourada.
Tempo recomendado de estadia
Para explorar o essencial, recomenda-se uma permanência mínima de dois dias. Este período permite conhecer tanto o centro urbano como os arredores naturais.
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