Um voo da Ryanair, que partiu de Pisa, em Itália, com destino a Glasgow, na Escócia, acabou por ser desviado e realizar uma aterragem de emergência em Manchester, na passada sexta-feira, 3 de outubro. A situação ocorreu em plena tempestade Amy, que afetava o norte do Reino Unido com ventos intensos e condições adversas.
De acordo com o portal Notícias ao Minuto, o avião enfrentou um conjunto de imprevistos que acabariam por conduzir à decisão de emergência. A aeronave, que partiu com atraso devido a uma greve geral e à invasão da pista por manifestantes em Pisa, viu-se depois em dificuldades durante as tentativas de aterragem na Escócia. O motivo acabou por ser a escassez de combustível, confirmada mais tarde pela companhia aérea.
Tempestade e atrasos condicionaram o voo
Segundo a mesma fonte, o avião tentou aterrar várias vezes em Prestwick, sem sucesso, devido às rajadas de vento provocadas pela tempestade. Um dos passageiros contou ao jornal Ayr Advertiser que, após uma primeira tentativa falhada, a tripulação informou que voltaria a tentar antes de ponderar um desvio para outro aeroporto.
“Tudo estava bem até começarmos a descer. O avião circulou várias vezes antes de tentarmos aterrar, mas acabou por subir quase imediatamente”, relatou o passageiro, acrescentando que “as pessoas estavam calmas até à descida” e que “havia quem notasse que o avião estava com dificuldades”.
Últimas voltas no ar e reservas mínimas
Conforme a mesma fonte, a aeronave ainda tentou aterrar em Edimburgo, mas as condições atmosféricas continuaram a impedir a aproximação. “Foi tão mau como em Prestwick. Havia muita turbulência”, descreveu o mesmo passageiro, acrescentando que “o som dos motores parecia cada vez mais tenso”.
Quando chegou a Manchester, o avião já tinha emitido o alerta “mayday fuel”, utilizado quando o combustível disponível é insuficiente para cumprir a margem de segurança obrigatória. Segundo o Notícias ao Minuto, restavam apenas cerca de cinco a seis minutos de combustível no momento da aterragem.
Investigações em curso
Depois do pouso, o alívio foi imediato entre os passageiros. “Percebemos quão más as coisas estavam depois de vermos as imagens da aterragem em Manchester quase sem combustível”, contou um dos viajantes.
Um porta-voz da Ryanair confirmou que o caso foi comunicado “às autoridades relevantes” e que está em curso uma investigação. Imagens do Flightradar24 mostram as várias voltas realizadas pela aeronave antes de conseguir aterrar em segurança no aeroporto inglês.
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