Pitões das Júnias é uma aldeia encantadora situada no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, no concelho de Montalegre, a cerca de 1100 metros de altitude, sendo a povoação mais elevada da região do Barroso. Envolta por uma paisagem deslumbrante, marcada por lameiros e escarpas graníticas, esta aldeia tem preservado a sua pequena população e o seu aspeto medieval, que a tornam uma das mais autênticas e tradicionais aldeias de Trás-os-Montes.
Com um património cultural rico e uma ligação privilegiada à Natureza, Pitões das Júnias é o destino ideal para quem procura tranquilidade e beleza natural. O Gerês, com as suas veredas e montes imponentes, oferece momentos de rara beleza que dificilmente se esquecem, e que, provavelmente, o farão querer regressar vezes sem conta.
Segundo o Ekonomista, a história desta aldeia está profundamente ligada ao Mosteiro de Santa Maria das Júnias, cuja origem remonta a 1147. Consagrado inicialmente à Senhora das Unhas, que mais tarde passou a ser chamada de Senhora das Júnias, o mosteiro é hoje um Monumento Nacional. Apesar de estar em ruínas, ainda preserva elementos da sua construção original, como o pórtico lateral de estilo românico e os vestígios das arcadas do claustro. Situado num vale de tirar o fôlego, o mosteiro convida os visitantes a uma viagem no tempo e à descoberta de séculos de história.
Outro ponto de destaque é a cascata do Ribeiro de Pitões, que passa junto ao mosteiro e forma um cenário de grande beleza. Com um desnível de cerca de 30 metros no seu primeiro patamar, a água límpida desagua num pequeno lago rodeado por rochas graníticas. Reza a lenda que, junto a um antigo carvalho, habita um duende, acrescentando um toque de misticismo à paisagem.
Para explorar o melhor da região, o Trilho Interpretativo de Santa Maria das Júnias é uma excelente opção. Este percurso circular, com cerca de uma hora de duração, começa e termina junto ao cemitério da aldeia, levando os visitantes a conhecer a fauna, a flora e elementos únicos da arquitetura rural, como os “prados de lima” e as levadas de água. A recomendação é simples: caminhe devagar e mantenha os olhos atentos para captar todos os detalhes desta joia natural e cultural.
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