Junho é um mês propício à observação do céu, com diversos fenómenos astronómicos a ocorrer tanto de madrugada como ao final do dia. Entre eles, estão oportunidades únicas para ver planetas, constelações e encontros celestes pouco comuns.
Além da Lua de Morango, os fenómenos astronómicos deste mês de junho incluem a chuva de meteoros Ariétidas e a visibilidade de nebulosas e aglomerados de estrelas. As observações podem ser feitas a olho nu, com binóculos ou telescópios simples, explica o National Geographic.
Vénus atinge o seu brilho máximo
No dia 1 de junho, Vénus atinge a elongação máxima, o ponto em que o seu ângulo em relação ao Sol é mais favorável para a observação.
Ainda segundo a mesma fonte, o planeta poderá ser observado pouco antes do nascer do Sol, especialmente no hemisfério Norte, quando aparece no horizonte a leste.
O ciclo sinódico de Vénus, que dura 584 dias, determina a frequência com que este planeta atinge esta posição ideal para ser visto da Terra.
A sua proximidade ao Sol torna difícil a sua observação durante grande parte do ano, o que torna este evento especialmente relevante para os entusiastas.
Ariétidas e Lua de Morango marcam o céu
A chuva de meteoros Ariétidas, associada à constelação de Carneiro, decorre até 2 de Julho, com pico que aconteceu a 7 de junho.
Apesar de se manifestar principalmente durante o dia, este fenómeno pode ser acompanhado através do portal NASA Meteor.
Este tipo de chuva de meteoros é causada pela entrada de partículas cósmicas na atmosfera terrestre, resultando em rastos luminosos breves.
A Lua de Morango deve o nome à colheita do morango selvagem. O fenómeno não altera a cor do satélite, mas é considerado um marco cultural ligado ao calendário agrícola.
Estrelas e nebulosas visíveis com binóculos
A partir de 2 de junho, é possível observar o aglomerado estelar M13, também conhecido como Grande Aglomerado de Hércules, a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, refere o National Geographic.
Descoberto por Edmond Halley, este conjunto de mais de 100.000 estrelas está entre os mais destacados do hemisfério Norte.
Já no dia 22, a nebulosa Messier 8, na constelação de Sagitário, será visível. A observação será mais eficaz com binóculos ou pequenos telescópios.
Esta nebulosa, descoberta em 1654, é composta por gás interestelar e é uma das mais estudadas na formação estelar.
Encontros celestes com Marte
O dia 17 trará um alinhamento entre a Lua e a estrela Régulo, a mais brilhante da constelação de Leão, visível a olho nu nas primeiras horas da noite.
No dia 30, Marte voltará a ser protagonista, desta vez ao lado da Lua crescente, num fenómeno que poderá ser facilmente acompanhado com binóculos.
O brilho de Marte e a iluminação parcial da Lua permitirão uma observação clara do fenómeno, mesmo sem equipamento avançado.
Aproximação da Lua à Terra
No dia 23, a Lua atinge o perigeu, o ponto mais próximo da Terra na sua órbita, ficando a cerca de 356.500 quilómetros do planeta.
Durante este período, a luz da Terra reflectida na parte não iluminada da Lua proporciona um efeito visual apelativo, especialmente após o pôr-do-Sol.
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