Nestas eleições sou candidato pela CDU porque reconheço que no dia a dia, seja em Loulé, Faro ou no resto do país, a CDU e os seus eleitos são os que vêm do povo, que enfrentam os mesmos problemas que eu enfrento enquanto jovem trabalhador e que não se procuram servir das populações, mas sim em servi-las. Gente que não abdica da profunda convicção de que todas as populações têm o direito ao seu concelho e freguesia, a serviços públicos e transportes de qualidade, a fazer vida na terra que os viu crescer, a ter uma casa que conseguem pagar, uma escola em condições e acesso à saúde. Sou candidato da CDU porque não esqueço o seu papel histórico no desenvolvimento da nossa região e porque está à vista o trabalho feito pelos eleitos, seja onde temos maioria, como em Silves, seja onde não as temos.
Tudo isto é possível no Algarve e em cada concelho da região. É possível termos uma terra em que a vida não anda à mercê da época balnear e dos interesses daqueles que enriquecem da especulação imobiliária, uma terra em que se possa viver e com qualidade, em que os espaços verdes e a mobilidade não sejam só para alguns, mas que cheguem também a todos aqueles que no Algarve não fazem turismo mas que todos os dias cá vivem e trabalham.
O turismo é uma peça essencial na economia da região, no entanto, as nossas cidades e terras não podem estar completamente entregues à construção ou dinamização apenas do setor turístico, sob pena de termos de cidades que fecham portas no Inverno e que ficam sobrecarregadas no Verão. Enquanto vemos bairros a necessitar de intervenção imediata para garantir o direito a uma habitação digna para todos, e vemos a falta de oferta de habitação pública que empurra tantos jovens para fora da região vemos Planos Diretores Municipais (PDMs) que comprometem as nossas terras aos interesses não das populações ou dos pequenos e médios empresários da região, mas dos grandes interesses de uma dúzia de grandes grupos económicos.
A resposta é clara, é necessário investir na construção de habitação publica, na promoção de programas de custos controlados e renda acessível, garantir a reabilitação de áreas e bairros degradadas. Nas autarquias, a CDU propõe a revisão dos PDMs e a utilização dos meios disponíveis, mas acima de tudo não abdica da coragem política necessária para se exigir ao governo que faça a sua parte, seja em matéria de habitação mas também do que toca à educação e à saúde, onde grande parte dos problemas que hoje se enfrentam nos municípios têm origem numa transferência de encargos do governo para os municípios não acompanhada das verbas necessárias para concretizar.
Não é de uma municipalização mal-amanhada que o Algarve precisa, mas sim de uma verdadeira política de regionalização, que permita valorizar tudo o que de bom temos na região.
No que toca à mobilidade, se sem carro é difícil mover-nos dentro de cada concelho, é impraticável ou mesmo impossível entre concelhos. Sem um operador público rodoviário regional os jovens encontram se obrigados a depender de transportes insuficientes em termos de carreiras e horários, ou em comboios mais velhos que os nossos pais e em linhas muito limitadas. Para a CDU é clara a necessidade da criação de um operador público rodoviário que seja capaz de dar resposta às populações, mas também a necessidade de ter autarcas que pressionem o governo para requalificar e alargar o transporte ferroviário e garantir a gratuitidade dos transportes.
Na CDU não esquecemos o papel das autarquias no que toca à cultura, ao desporto e ao associativismo, nem esquecemos o seu papel fundamental, na garantia de que a vida é mais que trabalho casa, casa trabalho, mas que os jovens e as populações desde Vila do Bispo a Vila Real têm qualidade de vida. Mais oferta cultural e equipamentos culturais para garantir o direito à fruição e produção, requalificação e construção de equipamentos desportivos, como polidesportivos e piscinas municipais, investir no Associativismo pela importância que tem no envolvimento das populações e na oferta cultural e desportiva em cada terra.
A CDU tem intervenção histórica nestes planos na região, recorde-se que foi a CDU que em Assembleia Municipal e no apoio à luta das populações, nunca abandonou e acompanhou à vitória a Associação Recreativa e Cultural de Músicos, na manutenção da sua sede em Faro, um rico património cultural da região, peça fundamental para a formação de novos artistas algarvios.
A CDU defende que só com a participação ativa e inclusiva das populações nas decisões da sua cidade e da sua terra é que se consegue ter uma construção de uma sociedade mais justa. É com isto em mente que a CDU redige as suas propostas ligadas à realidade concreta de cada Algarvio.
A CDU é gente a como a gente, é a garantia de um futuro de confiança.
Biografia do autor: Pedro Miguel Custódio de Oliveira Jardim, de 25 anos, licenciado em Biologia Marinha pela Universidade do Algarve, é operador de caixa e candidato à Assembleia de Freguesia de Almancil pela CDU. Foi vice-presidente da Associação Académica do Algarve e integra atualmente a Direção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa.
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