Sobre os dois sismos que atingiram a costa sul do Algarve e de Huelva, na noite de domingo, perto das 21:30, um geólogo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse ao Expresso que a agência espanhola IGN fez uma “avaliação excessiva” do grau sísmico do abalo, registado em Espanha como 5,4 na escala de Richter e que “deverá corrigir em breve”. Afinal, tratou-se de “um sismo único” que surgiu numa zona de atividade sísmica permanente.
O sismo sentido no Algarve foi de Olhão até Portimão, ao longo de quase 100 quilómetros e com epicentro a 120 quilómetros a sudoeste da costa. Foi registado pelo IPMA com grau 4,5 na escala de Richter e não causou quaisquer danos, fez-se apenas sentir na costa algarvia e na de Huelva, com o serviço de emergência espanhol a registar várias chamadas com testemunhos.
Algarve soma oito sismos desde o início do ano
Até ao momento, o IPMA registou oito sismos com maior intensidade no Algarve, desde o início do ano, mas apenas metade foram sentidos pela população, sendo o registo do último domingo à noite o sismo com a maior intensidade de todos, sentido especialmente em Faro e Lagoa. O primeiro registado este ano, dia 1 de janeiro, foi sentido ao largo do concelho de Faro e os restantes dois foram a sul do Cabo de São Vicente, em Sagres, nos dias 11 de fevereiro e 4 de julho, todos sem registo de danos.