A Ryanair anunciou esta quarta-feira 11 novas rotas no aeroporto do Porto e oito em Faro, para o verão, passando para um total de 164 rotas em Portugal, bem como mais dois novos aviões em cada um daqueles aeroportos.
“Estamos a lançar a nossa maior programação de sempre para o verão em Portugal, que inclui quatro novos aviões, dois no Porto e dois em Faro”, anunciou o presidente executivo da companhia aérea irlandesa, Michael O’Leary, em conferência de imprensa, em Lisboa.
A programação prevê 11 novas rotas no Porto e oito novas em Faro, num investimento de 400 milhões de euros, mas, segundo o responsável, não vai haver crescimento em Lisboa, “porque a TAP continua a bloquear ‘slots’ [faixas horárias] que não usa e não tem a intenção de usar”.
“Não temos novas rotas em Lisboa, não é possível, não temos espaço para continuar a crescer e, por isso, continuamos a pedir um segundo aeroporto, o Montijo, que, para nós, é a melhor opção”, realçou a responsável da transportadora para Portugal e Espanha, Elena Cabrera.
A Ryanair referiu, porém, que “continua a investir fortemente em Portugal”, tratando-se de um crescimento de 13% no verão, face ao mesmo período de 2022, com o objetivo de chegar aos 13 milhões de passageiros transportados no ano fiscal de 2024.
Michael O’Leary disse ainda que o Governo deve combater a extensão das taxas ambientais às zonas periféricas da União Europeia, defendendo que são “injustas” para regiões como a Madeira e os Açores, que, acredita, acabarão por perder visitantes, para outras zonas fora da UE, como Marrocos, ou Turquia.
Relativamente à reprivatização da TAP, o líder da Ryanair manifestou-se convicto de que a companhia aérea portuguesa será vendida este ano, “provavelmente” ao grupo IAG, e não à Air France, ou à Lufthansa.
Questionado sobre os impactos da inflação, O’Leary adiantou que os preços dos bilhetes na Ryanair deverão sofrer um aumento de 5% a 10%, este verão, face ao último, “desde que não ocorram mais eventos adversos”, depois de uma pandemia e uma guerra na Europa.
Questionado sobre a localização do novo centro de treinos na Península Ibérica, cuja decisão devia ter sido conhecida em janeiro, o presidente da Ryanair remeteu uma decisão para meados de fevereiro.
“Neste momento parece que será no Porto, mas Madrid fez uma oferta final”, que está a ser analisada, explicou Michael O’Leary.