Os dados da atividade turística em abril apontam para aumentos nas dormidas em todas as regiões do país, com o Algarve a concentrar 27,1% das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (26,5%), o Norte (16,7%) e a Madeira (12,1%), revelou esta quarta-feira o INE.
Estas foram também as regiões onde se observaram as maiores variações homólogas, sendo que no caso do Algarve, as 1.636,1 contabilizadas traduzem uma subida de 1.060%.
A comparação com 2019 revelam níveis superiores na Região Autónoma a Madeira (+19,9%), Alentejo (+16,7%), Norte (+10%) e Centro (+2,5%), tendo o maior decréscimo sido observado no Algarve (-8,9%).
“Relativamente às dormidas de residentes, todas as regiões, com exceção do Algarve (-5,6%), registaram acréscimos”, refere o INE, que acrescenta que as dormidas de não residentes registaram aumentos na RA Madeira (+11%), Alentejo (+9,2%) e Norte (+4%), enquanto o Centro (-16,8%) e a RA Açores (-16,4%) registaram as maiores diminuições.
A análise por municípios revela, por seu lado, que Lisboa registou 1,2 milhões de dormidas (19,5% do total), concentrando 24% do total do país nesse período. Na comparação com abril de 2019, constata-se que os números estão ainda aquém, já que as dormidas diminuíram 3,9% (+10,9% nos residentes e -6,3% nos não residentes). Por seu lado, o município de Albufeira concentrou 10,8% do total de dormidas, atingindo 650,3 mil, o que representa uma redução de 17,8% face a abril de 2019 (-19,3% nos residentes e -16,5% nos não residentes).
Números superiores a 2019
O alojamento turístico registou 2,4 milhões de hóspedes e 6 milhões de dormidas em abril, registando crescimentos homólogos de, respetivamente, 424,6% e 548,4%, ultrapassando os níveis de 2019. Os aumentos registados em abril compram com a subida de 462,6% de hóspedes e de 540,6% das dormidas, em março. “Face a abril de 2019, registaram-se crescimentos de 1,6% e 1,1%, respetivamente”, refere o INE, realçando que é a primeira vez, desde o início da pandemia, que se registam crescimentos face ao período homólogo anterior à pandemia. “Na comparação com abril de 2019, estes números indicam que o mercado interno cresceu 15,0%, enquanto do lado dos mercados [externos] se verifica uma diminuição de 4,4%”.