Portugal é, a par de Itália, o país da União Europeia (UE) com maior percentagem de população idosa, existindo quase dois idosos por cada jovem, revelou a PORDATA.
A população idosa em Portugal tem crescido mais de dois por cento ao ano, desde 2019, com o número de pessoas com 100 anos a ultrapassar as 3.000, segundo os dados divulgados pela base de dados no Dia Mundial da População.
“A população em Portugal está a envelhecer”, notou a plataforma de estatística, referindo que a idade mediana aumentou de 38,5 para 47 anos em duas décadas. Mais de 2,5 milhões de pessoas têm 65 anos ou mais. “O envelhecimen to verifica-se ainda no número de indivíduos em idade ativa por idoso: há 2,6 ativos por cada idoso. Há 20 anos, eram quatro por cada idoso”, segundo a base de dados.
Menos jovens, mais idosos
Apenas dois municípios têm mais jovens do que idosos, Lagoa e Ribeira Grande, nos Açores.
“Há 10 anos, havia 36 municípios portugueses com mais jovens por idosos”, de acordo com a mesma fonte. “O nosso país é o segundo da UE com maior índice de envelhecimento e o quarto do mundo com maior proporção de população idosa”.
Mais casais sem filhos
A plataforma deu também destaque aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) este ano, ao referir que o país tem atualmente o maior número de residentes das últimas décadas: 10,6 milhões. Da análise dos dados ressalta que os portugueses estão “mais sozinhos”, há mais casais sem filhos e mais de um milhão de pessoas vive só.
Mais de metade das pessoas que vivem sozinhas são idosas (55%), o que faz de Portugal o quarto país da União Europeia com maior percentagem de idosos a viver só no total de pessoas nesta condição.
Os casamentos celebrados entre estrangeiros quase duplicaram na última década, passando de 767 em 2013 para 2.163 no ano passado.
Casamentos entre portugueses e estrangeiros
Já as celebrações de casamentos entre portugueses e estrangeiros aumentaram três pontos percentuais, representando 15% dos matrimónios no período em análise, num total de 5.409 em 2023.
Já os saldos migratórios quase duplicaram nos últimos dois anos.
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