Oitenta quilos de bivalves sem documentação sanitária foram apreendidos esta quarta-feira de manhã em Castro de Marim, no âmbito de uma operação nacional que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a desenvolver.
Segundo explicou à agência Lusa o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, esta operação na área do transporte de bens alimentares e não alimentares, que começou pelas 18:00 de terça-feira nas principais fronteiras terrestres nacionais e se prolongou até às 20:00 do dia seguinte, envolveu cerca de 160 inspetores.
“Até cerca das 08:30, foi apenas detetada uma infração no Algarve, em Castro Marim. Uma apreensão de 80 quilos de bivalves sem documentação” sanitária, contou. Pedro Portugal Gaspar adiantou que o principal objetivo da operação é o controlo e verificação das condições de higiene e segurança alimentar das mercadorias em circulação e a deteção de “eventuais ilícitos relacionados com as mercadorias em trânsito, com consequências diretas para o consumidor final”.
“Até cerca das 08:30 tinham sido fiscalizados em todo o país entre 300 a 400 operadores. Esta operação desenrola-se em mais de 50 pontos do território nacional e começou pelas 18:00 de ontem [terça-feira] nos principais pontos de entrada no nosso território, ou seja, em Caia, Vilar Formoso e Valença”, disse.
De acordo com o inspetor-geral da ASAE, a operação decorreu em meia centena de pontos do território entre os quais Lisboa, no Porto, Coimbra e Faro, entre outros locais.
“O que se pretende é controlar o transporte de mercadorias alimentares e não alimentares, mas com maior incidência no alimentar na medida em que havendo infração é suscetível de maior impacto no consumidor. Falamos do nível de temperatura em que os bens circulam no interior dos veículos, os frescos e as regras de higienização e transportabilidade”, explicou.
O responsável reconheceu que, globalmente, o setor do transporte apresenta uma “tendência de cumprimento bastante bom”.
“Tem sido assinalável o cumprimento em termos globais no transporte de mercadorias. Não quer dizer que não aconteçam infrações, mas globalmente tem registado melhorias”, concluiu.