O Festival de Marisco é já uma referência na cidade de Olhão há mais de 30 anos.
A 33a edição decorreu entre os passados dias 10 e 15 de Agosto, no palco passaram artista como Agir, Pedro Abrunhosa, Ana Moura, Vanessa da Mata, Calema e Xutos e Pontapés. Este evento é já um certame gastronómico de referência no Algarve, com o número de visitantes a chegar aos 50 mil. Mariscadas, ostras, paellas, camarões, lagostins, sapateiras, entre outros, fizeram as delícias de todos os que por lá passaram com o objectivo de degustar o que de melhor o mar português e a Ria Formosa tem para oferecer.
António Miguel Pina, presidente da autarquia de Olhão, referiu que “mais uma vez, o Festival do Marisco saldou-se num êxito. É com imenso prazer que, ano após ano, recebemos de braços abertos as pessoas que nos visitam. Este ano a programação procurou ser o mais eclética possível, de forma a atrair um número diversificado de públicos”.
Para além do famoso marisco e dos concertos, o Festival de Marisco tem ainda diversos espaços destinados aos mais variados públicos. O kids club, com pinturas faciais e actividades lúdicas, e o parque infantil, fizeram as delícias dos mais novos. Já para os adultos, a edição deste ano, e como já tem sido habitual, contaram com diversos stands, quiosques com caipirinhas e até doçaria regional. Para os mais gulosos, que gostam de terminar a refeição com uma boa sobremesa, os crepes e gelados artesanais do senhor Armando Leal, são já um costume do evento desde 1990.
“A edição deste ano correu há semelhança do ano passado, sendo que o número de pessoas é sempre maior consoante o artista principal da noite. Nós, o que vendemos mais foram os crepes acompanhados com gelado de chocolate ou baunilha”, afirma Armando ao POSTAL.
O Clube Desportivo Marítimo Olhanense, um dos organizadores do festival, presidido por Fernanda Viegas, marca também presença no evento desde o seu início. Por lá, o mais vendido foi a mariscada, que junta sapateira, ostras e camarão. Para Fernanda, a edição de 2018 foi mais fraca e “nada teve a ver com os outros anos”, situação que pode ser justificada pelo facto do número de turistas no Algarve ter reduzido drasticamente. “As melhores noites foram as últimas duas, em que trabalhámos imenso, porque as três primeiras foram fracas”, explica Fernanda ao POSTAL. A presidente confessa ainda que o investimento em marisco rondou os sete mil euros.
Este evento, iniciativa da Câmara Municipal, é organizado pela Fesnima e tem como objectivos projectar a Ria Formosa, a cidade e o concelho de Olhão, bem como promover a sua economia e o turismo.
O que começou por ser um pequeno festival, na Avenida da República, organizado pelos dois clubes da cidade, Sporting Clube Olhanense e Marítimo Olhanense, é actualmente um dos grandes eventos gastronómicos e musicais do sul do país.
(Maria Simiris/ Henrique Dias Freire)