A Associação Movimento Determinante afirma em comunicado que “é com desagrado e muita preocupação que tem vindo a assistir à forma como o CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve) tem gerido o CMRF Sul (Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul). Uma gestão danosa com várias promessas não cumpridas, em que os principais prejudicados são sempre os mesmos, os utentes que dele necessitam”.
“Há muito tempo que os problemas persistem no CMRF Sul, com a falta de recursos humanos e materiais, a baixa ocupação a nível de internamento de utentes a quem o Centro se destina, a elevada lista de espera, o constante depósito de doentes do Hospital de Faro neste Centro, assim como o longo atraso (em alguns casos ultrapassando os 2 anos) na entrega de ajudas técnicas e materiais de apoio”, refere a associação.
“Depois do anterior Conselho de Administração do CHUA ter retirado a Drª Arminda Lopes do cargo de Diretora Clínica e colocado no seu lugar outro fisiatra, uma aposta falhada que apenas teve o intuito de servir os interesses do CHUA, reinvestiu-a recentemente no cargo”, explica a Associação Movimento Determinante, acrescentando que “não cumpriu as condições acordadas, o que levou a Drª Arminda Lopes a demitir-se apenas passados dois meses. Conclusão, o CMRF Sul abriu portas no passado dia 1 de julho sem Diretor Clínico e assim se mantém”.
Segundo o Movimento Determinante apurou junto de utentes e colaboradores do CMRF Sul, “a Drª Arminda Lopes estava a desempenhar as suas funções de forma exemplar e o CMRF Sul começou a apresentar melhorias significativas no seu funcionamento. Era com grandes expectativas que esperávamos que o Centro voltasse a prestar o serviço de excelência, que, em tempos, o caracterizou. Mas não só ficou sem Diretora Clínica, como voltou a servir de depósito de doentes do Hospital de Faro, em detrimento dos utentes para o qual foi concebido”.
No dia 17 de junho, o Movimento Determinante avança que enviou “um email ao Conselho de Administração do CHUA, onde demonstrámos a nossa preocupação e pedimos algumas respostas, mas até ao dia de hoje não fomos contactados”
“Somos uma associação de defesa e apoio das pessoas portadoras de deficiência, seus cuidadores e amigos, com experiência própria sobre as consequências da falta de intervenção médica e técnica na altura adequada. Defender o bom funcionamento do CMRF Sul é defender a dignidade de quem dele necessita”, conclui.