Uma placa evocativa dos 50 anos da morte em combate do marinheiro fuzileiro especial Gilberto dos Santos Caboz vai ser descerrada no próximo sábado, pelas 12:00, na vila da Fuseta, em homenagem a este filho da terra que faleceu na Guiné em 26 de setembro de 1972, com apenas 18 anos de idade.
O Clube Recreativo Fuzetense, a pedido do presidente da União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta e por sugestão do contra-almirante Pereira Vale, organizou uma cerimónia que contará com as presenças do comandante do Corpo de Fuzileiros, Mariano Alves, comandante da Zona Marítima do Sul, Rocha Pacheco, do comandante do Porto de Olhão, Silva Algarvio, do delegado Marítimo da Fuseta, de representantes da Liga dos Combatentes, da Associação de Fuzileiros do Algarve, entre outros convidados.
A comunidade local presta, assim, homenagem ao seu conterrâneo morto na Guerra Colonial, na passagem dos 50 anos do seu falecimento, numa efeméride que o comandante do Corpo de Fuzileiros classifica de “evento de grande importância para todos os fuzileiros e para a Marinha”. Este episódio encontra-se bem retratado pelo comandante Luís Sanches de Baêna, então oficial do mesmo destacamento de Fuzileiros Especiais, o DFE 12, que relata no seu livro “Fuzileiros – Crónica dos Feitos na Guiné”, que nesse dia, “numa operação na Caboiana-Churo (rio Cacheu, norte da Guiné), o DFE 12 foi fortemente emboscado quando progredia dentro de uma mata de tal forma cerrada que não permitia qualquer manobra e, como resultado, os Fuzileiros sofreram 3 mortos e 8 feridos, alguns com muita gravidade”. Um desses mortos foi Gilberto Caboz, com 18 anos (que havia entrado no corpo de marinheiros da Armada como voluntário, ainda com 17 anos), e esse trágico acontecimento provocou um enorme choque na Fuseta.
Antes dos toques militares de Sentido, de Silêncio e de Homenagem aos Mortos, a cerimónia contará com uma dissertação sócio-histórica dada pelo professor doutor José Carlos Vilhena Mesquita e de uma invocação militar feita pelo contra-almirante Luís Pereira Vale.
A cerimónia conta com o apoio da Câmara Municipal de Olhão, que se fará representar pelo vereador João Evaristo.