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Cultura, Edição Papel, Opinião

Bibliotecas Camões, Feiras do Livro, Redes de Bibliotecas e Bookstagrammers: Um percurso real e virtual | Por Maria Luísa Francisco

BIBLIOTECOFILIA: Artigo de Maria Luísa Francisco publicado no Caderno de Artes Cultura.Sul de junho

15:00 16 Junho, 2023 10:48 6 Julho, 2023 | POSTAL
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MARIA LUÍSA FRANCISCO
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Programadora Cultural
[email protected]

Este mês de Junho tem sido um mês completamente dedicado aos livros, não só pelas habituais idas às bibliotecas, mas também pela ida à Feira do Livro de Lisboa. Entre o dia 25 de Maio e o dia 13 de Junho realizou-se a 93ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que este ano teve a duração de 20 dias. Um certame que se realiza anualmente desde Maio de 1930 na cidade de Lisboa e que é um dos mais importantes acontecimentos do Livro e da Leitura realizados em Portugal.

E isso pode confirmar-se pelas fotografias e vídeos produzidos a partir da Feira do Livro. Existem vídeos de divulgação de livros que passaram a ser chamados Booktrailers, porque transportam uma narração escrita para pequenos filmes e animações. É todo um mundo que arrasta milhares de seguidores.

93ª Feira do Livro de Lisboa realizada no Parque Eduardo VII – Foto Cardápio | DR

O Livro é um importante motor de desenvolvimento de todas as sociedades e de desenvolvimento pessoal. Apesar dos suportes digitais assumirem hoje um papel inquestionável na difusão da leitura e do conhecimento, a relação do autor com o leitor constitui uma relação intemporal e sempre renovada.

A Feira do Livro foi uma forma dos produtores de conteúdos nas Redes Sociais se conhecerem pessoalmente e encontrarem os seus seguidores. Inclusive, durante a Feira, realizaram-se encontros com elementos desta nova comunidade, principalmente de Bookstagrammers. As editoras não ficam indiferentes a esta comunidade que nos últimos três anos ganhou reputação e respeito pelos seus seguidores e pelo meio editorial.

Redes de Bibliotecas

Segundo dados oficiais da organização, esta edição da Feira do Livro de Lisboa contou com 981 marcas editoriais representadas por 139 participantes – incluindo seis novos – distribuídos por 340 pavilhões. Esteve também presente a Rede de Bibliotecas de Lisboa, com um pavilhão onde decorreram actividades todos os dias. Uma Rede de Bibliotecas na prática é um sistema de partilha de actividades, recursos e que procura criar, articular, agilizar, disponibilizar serviços e mais-valias.

Biblioteca Camões, onde em 1973 esteve uma biblioteca para cegos – Foto DR

A Rede de Bibliotecas Públicas arrancou em 1987, com cinco concelhos pioneiros e hoje existe na grande maioria dos concelhos. Seria bom que nas outras Feiras do Livro, que decorrem nos diversos municípios do país, também estivessem representadas as Redes de Bibliotecas desses mesmos municípios.

O acesso cada vez mais livre e democrático de todos ao Livro passa pela existência de uma boa rede de bibliotecas. Em Portugal existem 303 bibliotecas municipais e a maioria integra a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Apenas cinco municípios portugueses não dispõem de biblioteca.

Biblioteca Camões

Por Junho ser o mês em que se celebra Camões, resolvi visitar a Biblioteca Camões, situada no Largo do Calhariz, em Lisboa, mesmo ao lado do Elevador da Bica.

A Biblioteca está instalada num edifício palaciano da segunda metade do séc. XVIII construído sobre as ruínas de um palácio quinhentista, destruído pelo terramoto de 1755.

Tecto de estuque trabalhado na sala de exposições da Biblioteca Camões – Fotos Maria Luísa Francisco | DR

Com o terramoto, o palácio ruiu e aí morreu o Embaixador de Espanha que nele habitava. Mais tarde, o palácio foi reconstruído e aí morou D. José de Menezes, que organizava faustosas recepções que tornaram o palácio célebre. Em 1791 o Marquês de Pombal mo-rou neste edifício, sendo casado com uma Menezes.

Este Palácio passou a chamar-se Biblioteca Municipal Camões em 1981, mas ainda hoje é conhecido como Palácio Valada e Azambuja e está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982. Eça de Queiroz refere, na sua obra O Mandarim, as afamadas festas deste local, quando o referido Palácio se chamava “Palacete Amarello ao Loreto”.

Busto de Camões, na sala de leitura, rodeado de fotografias de 27 poetas portugueses consagrados

Luís Vaz de Camões é patrono de várias bibliotecas. Para além desta existe a Rede de Bibliotecas Camões que agrupa as Bibliotecas do Instituto Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e que inclui a Biblioteca Digital Camões. Há também uma Biblioteca Municipal Camões em Alvito. Na Amadora também se pode encontrar a Biblioteca Luís de Camões, precisamente na Rua Luís Vaz de Camões.

Na toponímia portuguesa existem muitas ruas dedicadas a este lusitano poeta. Aqui fica a indicação das bibliotecas que, não tendo Camões como seu patrono, se situam na Rua Luís Vaz de Camões:

Biblioteca Municipal de Beja Biblioteca Municipal de Castro Daire
Biblioteca Municipal de Celorico da Beira
Biblioteca Municipal do Sabugal
Biblioteca Municipal do Sardoal
Biblioteca Municipal de Peniche

A Biblioteca Municipal de Bragança, tal como a de São Pedro do Sul, situa-se na Praça Camões. Assim, o Livro, a Leitura e os Leitores são um triângulo que nos cabe a todos defender e promover, daí ser tão importante o papel das Bibliotecas, das suas Redes e das Feiras do Livro.

Termino com uma estrofe d’Os Lusíadas, obra impressa pela primeira vez há 451 anos. Escolho a estrofe 66 do Canto I, pela referência que faz aos livros:

“Deste Deus-Homem, alto e infinito
Os livros, que tu pedes não trazia
Que bem posso escusar trazer escrito
Em papel o que na alma andar devia. (…)”
.

Poderá seguir o Instagram @bibliotecofilia para ler os anteriores artigos desta rubrica e ver imagens de várias bibliotecas.

*A autora escreve de acordo com a antiga ortografia

A Biblioteca Municipal de Faro e os patronos das bibliotecas | Por Maria Luísa Francisco
Biblioteca Municipal Carlos Brito: Uma janela poética para o Rio Guadiana | Por Maria Luísa Francisco

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