Os beneficiários da ADSE vão beneficiar de novas condições em 2025, com destaque para o limite máximo de 500 euros a pagar por qualquer cirurgia realizada no regime convencionado. Esta medida faz parte de uma ampla revisão das tabelas do subsistema de saúde da Administração Pública, apresentada esta terça-feira, e visa reduzir os encargos para os utentes, enquanto aumenta a comparticipação em consultas e atos clínicos.
Cirurgias com custo máximo de 500 euros
A principal novidade para 2025 é a introdução de um teto máximo de 500 euros a pagar pelos beneficiários por qualquer cirurgia realizada em hospitais e clínicas com convenção. A ADSE assumirá todos os custos excedentes, incluindo despesas relacionadas com o ato cirúrgico, honorários médicos, medicamentos, internamento, sangue e próteses intraoperatórias.
Segundo a direção do instituto, esta medida representa uma poupança anual de cerca de 13 milhões de euros para os utentes, valor que será suportado pela ADSE.
Aumento nos reembolsos para consultas e teleconsultas
Outra alteração significativa é o aumento dos reembolsos no regime livre, que passam de 20,45 para 25 euros por consulta presencial. Além disso, consultas de nutrição e teleconsultas passam a estar incluídas na tabela, com uma comparticipação de 20 euros.
Os atos de psicologia clínica terão um reembolso de 16 euros, enquanto as consultas de nutrição terão um valor idêntico, destacando-se o esforço da ADSE em facilitar o acesso a cuidados médicos diversificados, incluindo através de plataformas digitais.
Copagamento no regime convencionado: ligeiro aumento para os beneficiários
Apesar das melhorias anunciadas, os encargos para os beneficiários no regime convencionado sofrerão um pequeno aumento. Consultas de clínica geral passam a custar 5 euros, em vez dos anteriores 4 euros, enquanto as consultas de especialidade, com algumas exceções, aumentam de 5 para 7 euros.
Nas teleconsultas, o copagamento passa para 4 euros, mantendo-se, contudo, abaixo do valor pago em consultas presenciais.
Revisão e ampliação de atos clínicos
A ADSE procedeu ainda à revisão de preços de 74 atos cirúrgicos no regime convencionado, incluindo técnicas inovadoras em áreas como cirurgia vascular, gastroenterologia, ginecologia/obstetrícia e oftalmologia. Adicionalmente, foram introduzidos 52 novos códigos cirúrgicos, abrangendo áreas como o aparelho digestivo, aparelho genital feminino e cirurgia geral, ampliando a cobertura do subsistema de saúde.
Estes ajustes implicam um aumento de custos para a ADSE na ordem dos 7,5 milhões de euros, mas visam assegurar maior abrangência e especialização no atendimento médico.
Impacto financeiro das alterações
No total, as alterações representam um aumento médio de 6% nos valores pagos aos prestadores do regime convencionado, resultando num impacto financeiro anual estimado de 16,5 milhões de euros para a ADSE. Por outro lado, traduzem-se numa redução global de encargos para os beneficiários de cerca de 11,2 milhões de euros por ano.
Mais tranquilidade e confiança para os utentes
Segundo a direção da ADSE, estas mudanças para 2025 asseguram maior tranquilidade e confiança para os mais de 1,3 milhões de beneficiários do subsistema de saúde, ao mesmo tempo que reforçam a parceria com os prestadores da Rede ADSE.
As novas tabelas da ADSE entrarão em vigor no início de 2025, prometendo responder de forma mais abrangente e eficaz às necessidades dos beneficiários, ao mesmo tempo que incentivam uma melhor colaboração com os prestadores de saúde, avança o ECO.
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