O porto de pesca de Olhão irá acolher, já a partir de 2025, o Polo HUB Azul do Algarve. A infraestrutura funcionará como um laboratório vivo, essencial para o desenvolvimento de serviços, bens e produtos nas áreas da biotecnologia, alimentação e valorização de recursos endógenos do mar.
O Polo HUB Azul do Algarve resulta de uma candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência liderada pelo Município, e traduzir-se-á num investimento de 4,4 milhões de euros, repartidos pelo Fundo Azul e pela autarquia.
“Para este efeito, foi constituído um consórcio, composto pelo Município, a Universidade do Algarve, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Docapesca, e o S2AQUAcoLAB – Laboratório Colaborativo em Aquacultura Sustentável e Inteligente”, explica a autarquia olhanense em comunicado.
“Estes são os parceiros relevantes para a execução do projeto, que assumiram o compromisso de criar sinergias que potenciem o desenvolvimento, atraiam empresas e investimento, e criem postos de trabalho”, destaca.
O Polo HUB Azul do Algarve irá nascer da reconstrução e ampliação do edifício existente no limite sul da área portuária de Olhão, no pontão nascente do porto de pesca.
Numa área de 836 m2, serão instalados vários laboratórios de ensaios e cultivo de organismos marinhos, dotando o Polo com capacidade para biologia molecular, biologia geral ou patologia, incluindo novas tecnologias e robótica, bioprospecção para a indústria cosmética e a farmacêutica.
Para o presidente da autarquia, António Miguel Pina, “pretende-se criar condições para uma economia do mar mais competitiva, mais coesa e inclusiva, mas também mais descarbonizada e sustentável, com maior capacidade de aproveitamento das oportunidades provenientes das transições climática e digital, ao mesmo tempo que se reforçam a formação e a capacitação técnica dos trabalhadores e estudantes na área do mar”.
Aprovada a candidatura, o processo encontra-se, neste momento, na fase de elaboração dos projetos de arquitetura e especialidades.