Shoji Morimoto, um japonês de 39 anos, encontrou uma forma singular de ganhar a vida: aluga-se para “não fazer nada”. O conceito pode parecer inusitado, mas provou ser um sucesso, garantindo-lhe um rendimento anual superior a 70 mil euros.
“Basicamente, eu alugo-me. O meu trabalho é estar onde os clientes querem que eu esteja e não fazer nada em particular”, explicou Morimoto à agência Reuters, citada pelo Executive Digest.
Desde 2018, quando começou a oferecer o serviço através de um anúncio simples, Morimoto já acumulou mais de 4.000 reservas. Atualmente, atende uma média de um a dois clientes por dia, cobrando cerca de 71 euros por sessão.
O trabalho de Morimoto consiste em oferecer presença e apoio emocional em diversas situações, como despedidas em estações de comboio ou simplesmente estar presente como observador. Contudo, estabelece limites claros. Recusa qualquer pedido de carácter sexual, atividades ilegais ou tarefas físicas extenuantes, como transportar objetos pesados ou realizar viagens longas.
Um exemplo recente foi o de uma cliente de 27 anos, analista de dados, que contratou Morimoto para acompanhá-la enquanto usava um sari, traje tradicional indiano. “Com os meus amigos, sinto que preciso de os entreter, mas com ele não tenho essa necessidade”, afirmou a cliente.
Grande parte da sua clientela chega através da sua conta no Twitter, onde Morimoto tem mais de 250 mil seguidores. Alguns clientes tornaram-se regulares; um deles já contratou os seus serviços em mais de 270 ocasiões.
O caso de Shoji Morimoto exemplifica como a criatividade pode transformar ideias invulgares em meios de sustento, destacando também a importância da presença e da conexão emocional no mundo moderno.
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