O destino Porto e Norte de Portugal nunca teve tantos turistas em abril como este ano. «É um bom presságio. A recuperação está a revelar-se rápida, tal como esperávamos”, diz Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte ao Expresso depois de ver os números do quarto mês do ano baterem 2019, até agora o melhor ano de sempre do sector.
De acordo com os dados oficiais, o destino Porto e Norte fechou abril com valores recorde, depois de crescimentos de 7,3% no número de hóspedes (536,9 mil) e de 9,9% nas dormidas totais (1,007 milhões).
E o turismo interno continua em alta, uma vez que as dormidas de residentes deram um salto de 19,4% face a 2019 (423,4 mil). No caso dos não residentes, a subida foi de 4,1% (584,1 mil).
Em alta, em abril, aparecem, ainda, os indicadores relativos à estada média (+18,2%) e proveitos (+23,4%).
A análise dos primeiros quatro meses do ano, é, “também muito positiva, a prometer números para 2020 em linha com 2019, em que recebemos 6 milhões de turistas, diz Luís Pedro Martins.
“Sair de uma pandemia e igualar o melhor ano de sempre já é um ótimo desempenho”
Luís Pedro Martins
Presidente do Turismo Porto e Norte
E não haverá um ano recorde à vista? “Sair de uma pandemia e igualar o melhor ano de sempre já é um ótimo desempenho. Para já ficamos por aqui”, responde.
As estatísticas para os primeiros quatro meses do ano, indicam que o número de hóspedes ficou 7,1% abaixo de 2019 , nos 1,4 milhões, enquanto as dormidas caíram 4,7% (de 2,544 milhões), com os residentes a contribuírem para este valor com 1,2 milhões de dormidas (+4,7%), enquanto os turistas estrangeiros respondem por 1,33 milhões de dormidas (-11,8%).
Quanto aos principais mercados no que respeita a turistas internacionais, não há novidades nos primeiros lugares, que continuam a ser ocupados por Espanha e França.
O INTERESSE DO REINO UNIDO
Já o Reino Unido “está a revelar um excelente desempenho e ficou à beira de ultrapassar a Alemanha, o que significa que passa de 5º para 4º principal país de origem dos turistas da região”.
“Sinal deste interesse pelo destino Porto e Norte no Reino Unido é o facto da British Airways ter aumento o número de voos semanais para o Porto de 6 para 17”, afirma.
Aliás, Luís Pedro Martins sublinha que “as principais companhias áreas que trabalham com o Porto estão a reforçar a presença no aeroporto Francisco Sá Carneiro”, numa referência à Ryanair, Easy Jet e Transavia.
“No caso do grupo Lufthansa, o Porto já é a sua maior operação em Portugal”, destaca, sem esquecer que a Turkish Airlines já igualou as ligações pré-pandemia.
Num aeroporto que em maio recuperou o equilíbrio no número de voos face a 2019, falta agora, diz, resolver a ligação ao Médio Oriente e “reforçar as pontes aéreas com os mercados estratégicos do Brasil, EUA e Canadá”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL