Comprar no supermercado pode parecer sempre a escolha mais prática e económica, mas nem sempre é assim. Há vários produtos que, por questões de preço, frescura ou utilidade, talvez não justifiquem ser adquiridos nas grandes superfícies. Em muitos casos, o comércio tradicional ou até o cultivo caseiro oferecem vantagens claras. Neste artigo, vamos falar-lhe de alguns deles.
Frutas e legumes
Comecemos pelas frutas e legumes. Estes produtos, comprados na mercearia do bairro ou na feira semanal, costumam apresentar preços mais baixos e melhor qualidade. Além disso, é mais sustentável comprar produtos da época e de origem local. E evite as versões já cortadas ou preparadas: duram menos tempo, custam mais e nem sempre estão frescas.
Carne
A carne é outro exemplo claro. No talho, pode escolher exatamente o corte que pretende, pedir para picar na hora e até receber conselhos de preparação. Frequentemente, a carne fresca do talho é mais tenra e com menos aditivos do que a carne embalada do supermercado.
Batatas
Em relação às batatas congeladas, fazer em casa continua a ser a melhor opção. Um quilo de batata fresca é geralmente metade do preço das batatas congeladas e pode cozinhá-las a seu gosto, sem aditivos ou óleos de origem duvidosa.
Produtos de limpeza
Os produtos de limpeza também merecem uma menção especial. Hoje em dia, é fácil fazer detergentes caseiros com ingredientes como vinagre, bicarbonato de sódio e limão, reduzindo custos e evitando substâncias químicas agressivas. A DECO PROTeste já alertou para o impacto ambiental e económico destes produtos e encoraja alternativas caseiras sempre que possível.
Peixe fresco
Se vive perto de um mercado ou de uma zona costeira, aproveite o peixe fresco disponível diariamente. Em muitos casos, é mais barato do que o peixe embalado e ultracongelado do supermercado e tem a vantagem de poder ser preparado à sua medida, já limpo e arranjado.
Produtos fora de época
Produtos fora de época, como morangos em dezembro ou cerejas em janeiro, são um luxo caro e pouco sustentável. Além do preço elevado, são colhidos ainda verdes e transportados por longas distâncias, o que compromete o sabor e o valor nutricional.
Recomendamos:
Ervas aromáticas
Ervas aromáticas são fáceis de cultivar em casa, mesmo em pequenos vasos na varanda ou no parapeito da janela. Além de mais económicas, estão sempre frescas e dão um toque especial aos seus pratos. Coentros, salsa, manjericão e cebolinho são algumas das variedades que crescem bem em ambiente doméstico.
Molhos preparados
Evite também os molhos preparados. Cheios de sal, gordura e aditivos, podem ser facilmente substituídos por versões caseiras. O molho de tomate, por exemplo, pode ser feito com tomates maduros, azeite, alho e ervas aromáticas — é mais saudável e saboroso. Molhos como o pesto ou a carbonara também são simples de preparar e dispensam conservantes.
Pipocas de microondas
As pipocas de microondas são práticas, sim, mas contêm gorduras e aromas artificiais. Fazer pipocas em casa, num tacho, é fácil, económico e mais saudável. Além disso, pode escolher os ingredientes — menos sal, menos gordura ou até sem açúcar.
Especiarias de marca
Outro produto que pode dispensar no supermercado são as especiarias de marca. Há lojas a granel que vendem as mesmas especiarias a preços mais acessíveis e com maior frescura. Além disso, compra apenas a quantidade de que precisa, evitando desperdício.
Chá engarrafado
O chá engarrafado, apesar de estar na moda, contém frequentemente grandes quantidades de açúcar e conservantes. Preparar chá em casa, com água a ferver e folhas secas ou frescas, é mais saudável e económico.
Água engarrafada
Por fim, a água engarrafada é, na maioria das zonas de Portugal, completamente desnecessária. A água da rede pública é segura, controlada e sujeita a análises regulares. Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), a água da torneira em Portugal tem qualidade “segura” em mais de 99% dos casos.
Nem tudo o que está nas prateleiras dos supermercados precisa de ser comprado nos mesmos, tal como refere o Ekonomista. Há alternativas mais baratas, sustentáveis e saudáveis — seja no comércio local, no mercado ou até no parapeito da janela lá de casa.
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