O Credit Suisse foi processado por um grupo de pessoas e entidades num processo apresentado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, noticia a Reuters esta segunda-feira, 2 de maio. Os proponentes deste processo judicial alegam que o banco não divulgou como deveria as ligações a oligarcas.
De acordo com o escritório de advogados norte-americano Pomerantz, citado pela agência, “a queixa alega que, em todo o período em questão [19 de março de 2021 e 25 de março de 2022], os visados fizeram declarações materialmente falsas e enganosas em relação ao negócio da empresa, operações, e políticas de compliance“.
Os queixosos referem-se à falta de transparência do banco quando a entidade suíça emitiu títulos cujo colateral eram bens de luxo de clientes, como iates e aviões privados. Esses clientes, muitos oligarcas, representavam risco para o banco, que tratou de terceirizá-lo através da sua titularização – uma notícia avançada recentemente pelo “Financial Times”.
O banco suíço reagiu na altura da publicação da notícia do jornal britânico, dizendo que a titularização “estava avaliada em linha com outras transações de risco significativo, disponibilizava um investimento competitivo e de hedging para os nossos clientes de investimento profissional, aumentando ao mesmo tempo a flexibilidade de capital do banco”.
Este é mais um processo judicial a somar ao rol de casos em tribunal do Credit Suisse, envolvido em escândalos onerosos como os relacionados com o fundo Archegos ou Greensill.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL