De acordo com as estatísticas da procura turística dos residentes, publicadas pelo INE, no ano passado, as viagens realizadas pelos residentes cresceram 21,6% e atingiram um total de 17,5 milhões, o que representa uma queda de 28,4% face a 2019, o último ano completo antes da pandemia da covid-19.
“As viagens nacionais aumentaram 20,2% e as viagens ao estrangeiro cresceram 48,8% (-22,7% e -67,4%, pela mesma ordem, face a 2019; -35,7% e -78,1%, respetivamente, em 2020)”, refere o INE num documento sobre a procura turística dos residentes hoje divulgado.
O INE sublinha que houve um aumento do número de viagens em 2021 em relação a 2020, quando foram registadas 14,41 milhões de viagens, e que “continuou a aproximação progressiva aos níveis de 2019”, ano em que se totalizaram 24,46 milhões de viagens.
No ano de 2021 o principal motivo para as viagens foi “lazer, recreio ou férias”, que esteve associado a 52,5% do total e correspondeu a 9,2 milhões de viagens, seguindo-se “visitas a familiares ou amigos” (36,8%), “profissionais ou de negócios” (5,6%).
As 1,01 milhões de viagens para o estrangeiro representaram 5,8% do total, mais 1,1 pontos percentuais do que em 2020, com “lazer, recreio ou férias” a representarem o maior motivo (49,7%).
A nível nacional, a região Centro foi o principal destino das viagens realizadas em território nacional, somando 29,2% do total (menos 3,2 pontos percentuais [p.p.] do que no ano anterior), seguindo-se a região Norte (22,2%, +0,4 p.p.).
O Algarve foi a região que mais cresceu, ao ganhar 1,4 p.p. e foi o terceiro maior destino das viagens nacionais, com 17,4%.
Já Espanha (43,7%) e França (11,6%) foram os principais destinos nas viagens para o estrangeiro, com o primeiro destino a crescer 13,3 p.p. e o segundo a baixar 4,5 p.p.
Itália foi o terceiro destino mais visitado, com 5,6%, enquanto o Reino Unido saiu do ‘pódio’ e desceu para sexto lugar, com 2,9% (registou 8,4% das viagens de residentes ao estrangeiro em 2020).
Os hotéis e similares concentraram 23,4% das dormidas resultantes das viagens turísticas em 2021, ganhando peso no total (+2,7 p.p.), enquanto o alojamento particular gratuito manteve-se como a principal opção dos viajantes (66,3% das dormidas, -2,9 p.p.).
De acordo com os dados do INE, o recurso à internet ocorreu em 19,1% das viagens em 2021, “valor que sobe para 64,1% quando se consideram apenas as viagens ao estrangeiro”.
Já o número médio de noites por turista registou uma diminuição em 2021, com cada turista residente a dormir, em média, 6,62 noites nas viagens turísticas realizadas (6,72 em 2020 e 5,45 em 2019).
A duração média mais elevada foi registada “nos meses pandémicos de janeiro e fevereiro de 2021 (9,70 noites e 6,64 noites, respetivamente)”.