O Algarve foi a única região do país a apresentar um recuo na taxa líquida de ocupação-cama em novembro de 2024, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar do aumento geral das dormidas em Portugal, que cresceram 4,1% entre janeiro e novembro, e 9,8% apenas em novembro, o Algarve registou uma descida de 0,8 pontos percentuais na taxa de ocupação-cama, fixando-se nos 27,1%.
O Algarve registou um aumento de 3,5% nas dormidas em novembro, um dos crescimentos mais baixos a nível nacional. No entanto, a região mantém-se como um destino de eleição, com uma das estadas médias mais prolongadas no país, de 3,47 noites, apenas superada pela Madeira (4,66 noites). Este indicador reflete a preferência por estadias mais longas, especialmente por parte de turistas não residentes.
Os mercados britânico e alemão continuam a ser os principais emissores para o Algarve. Contudo, o mercado francês, tradicionalmente relevante, registou uma quebra de 3,6%, que pode ter contribuído para a menor taxa de ocupação na região.
Tendências nacionais contrastam com o Algarve
A nível nacional, o mês de novembro registou um aumento expressivo das dormidas de residentes (+22,2%) e um crescimento mais modesto das dormidas de não residentes (+4,6%). Regiões como o Centro (+24,6%) e a Península de Setúbal (+19,3%) destacaram-se pelos maiores crescimentos na ocupação-cama.
Por outro lado, a Madeira apresentou a taxa mais elevada (63,5%), enquanto o Algarve ficou entre as mais baixas, apenas acima do Alentejo (26,3%).
Tendências e desafios
O mercado britânico continuou a ser o principal emissor de turistas para Portugal, representando 14,7% das dormidas totais em novembro. No entanto, o mercado francês, que tradicionalmente também tem peso no Algarve, registou uma quebra de 3,6%.
Com o aumento das dormidas e o recuo da taxa de ocupação, o Algarve enfrenta o desafio de maximizar a utilização dos seus estabelecimentos turísticos, especialmente fora da época alta.
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