De regresso às ‘suas’ datas no calendário, depois de no ano passado ter decorrido no início de maio devido à pandemia de covid-19, a ‘Algarvia’ recuperou o seu modelo habitual, embora com ‘roupagens diferentes’, quer pelas ‘abordagens’ distintas das subidas ao alto da Fóia (Monchique) e do Malhão (Loulé), quer pelo contrarrelógio de 32,2 quilómetros, uma distância mais vocacionada para especialistas do que as duas dezenas de quilómetros de luta contra o cronómetro das edições anteriores.
Na quarta-feira, a zona ribeirinha de Portimão acolherá a apresentação das equipas e as primeiras pedaladas da 48.ª Volta ao Algarve, que levarão os corredores a percorrer 199,1 quilómetros até Lagos, onde se espera uma disputa ao ‘sprint’.
A seleção da geral da única prova do calendário português da categoria UCI ProSeries iniciar-se-á logo no dia seguinte, na segunda etapa, que começa em Albufeira e termina, depois de cumpridos 182,4 quilómetros, na Fóia, ponto mais alto do Algarve, com a meta a coincidir com um prémio de montanha de primeira categoria, onde os ciclistas chegarão após 7,1 quilómetros a subir com uma pendente média de 6,8%.
A ascensão final terá, contudo, uma aproximação diferente das edições anteriores: em vez da Pomba, os corredores terão de escalar a Picota, uma contagem de segunda categoria de 9,3 quilómetros, com inclinação média de 5,5%, e que dista 7,4 quilómetros do sopé da Fóia.
A terceira tirada, a mais longa desta edição, arranca no Alentejo, em Almodôvar, e estende-se por uns ‘imensos’ 211,4 quilómetros, até Faro, cidade que já não recebia uma chegada da Volta ao Algarve desde 2008 e que deverá proporcionar o segundo frente a frente entre ‘sprinters’.
Mas é à quarta etapa que os ciclistas das 25 equipas participantes encontrarão a maior novidade em relação aos anos anteriores: o contrarrelógio mais extenso desde 2013, que marca também o regresso ao percurso da corrida de Vila Real de Santo António (já não recebia uma partida de etapa desde 2009), ponto inicial do exercício que terminará em Tavira e que poderá ‘cavar’ grandes e irrecuperáveis diferenças entre os candidatos à geral.
O sucessor do algarvio João Rodrigues (W52-FC Porto), o vencedor da edição de 2021, será encontrado no domingo, no final dos 173 quilómetros da quinta e última etapa, que vai ligar Lagoa e o alto do Malhão, onde está instalada uma contagem de montanha de segunda categoria.
Num percurso ‘rompe-pernas’, os sobreviventes do pelotão vão enfrentar uma dupla escalada ao Malhão, a primeira a 24 quilómetros da meta e a segunda coincidindo com o final da etapa, com a mais emblemática subida da ‘Algarvia’ a coroar, tal como no ano passado, o vencedor da geral.
Percurso da 48.ª Volta ao Algarve em bicicleta, que se disputa entre quarta-feira e domingo:
16 fev: 1.ª etapa: Portimão – Lagos, 199,1 km
17 fev: 2.ª etapa: Albufeira – Fóia (Monchique), 182,4 km
18 fev: 3.ª etapa: Almodôvar – Faro, 211,4 km
19 fev: 4.ª etapa: Vila Real de Santo António – Tavira, 32,2 km (CRI)
20 fev: 5.ª etapa: Lagoa – Malhão (Loulé), 173 km
Total: 798,1 quilómetros.
Equipas inscritas:
– WorldTour: Astana (Caz), BORA-hansgrohe (Ale), Cofidis (Fra), Groupama-FDJ (Fra), INEOS (GB), Intermarché-Wanty-Gobert (Bel), Jumbo-Visma (Hol), Quick-Step Alpha Vinyl (Bel), Trek-Segafredo (EUA) e UAE Emirates (EAU).
– ProTeams: Arkéa Samsic (Fra), Alpecin-Fenix (Bel), Caja Rural (Esp), Euskaltel-Euskadi (Esp) e Human Powered Health (EUA).
– Continental: ABTF-Feirense (Por), Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel (Por), Aviludo-Louletano (Por), Efapel (Por), Glassdrive-Q8-Anicolor (Por), Kelly-Simoldes-UDO (Por), LA Alumínios-Credibom-MarcosCar (Por), Rádio Popular-Paredes-Boavista (Por), Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados (Por) e W52-FC Porto (Por).