Vizela e Portimonense empataram este domingo a um golo, em jogo da 24.º jornada da I Liga portuguesa de futebol, e mantém as respetivas séries sem vencer.
Em Vizela, o Portimonense, que não vence no campeonato desde 12 de dezembro de 2021, quando foi triunfar ao terreno do Moreirense (2-1), marcou primeiro, pelo defesa central brasileiro Willyan, aos 17 minutos, mas o seu compatriota Guilherme Schettine empatou para os minhotos, aos 36.
O Portimonense, que somou o quarto empate seguido a um golo e conta 10 jogos consecutivos sem vencer, permanece no nono lugar, com os mesmos 29 pontos do Marítimo, enquanto o Vizela, que voltou a pontuar após duas derrotas mas contabilizou o quarto jogo sem vencer, segue no 13.º lugar, com 24.
Vizela e Portimonense alargam ‘jejum’ de vitórias
O Vizela e o Portimonense empataram hoje 1-1, em partida da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol com vários lances de perigo, sobretudo na primeira parte, e prolongaram as respetivas séries de jogos sem vencer.
Sem qualquer triunfo na prova desde 12 de dezembro, a formação algarvia respondeu ao domínio inicial do adversário com o golo de Willyan, aos 17 minutos, antes de o conjunto minhoto restabelecer a igualdade aos 36, por Schettine.
As duas equipas tentaram o golo da vitória até ao fim, mas a segunda metade perdeu qualidade face à primeira, e o Portimonense, que é nono, com 29 pontos, averbou o 10.º jogo sem triunfos no campeonato, enquanto o Vizela, 13.º, com 24, averbou o quarto jogo consecutivo sem triunfos.
A equipa da casa apresentou-se voltada para o ataque, a tentar acelerar o jogo quando tinha a bola em seu poder, diante de um adversário resguardado, a tentar ‘congelar’ o ritmo, e ameaçou o golo por duas vezes no primeiro quarto de hora: remate de Kiko Bondoso em zona frontal, aos dois, e cabeceamento de Anderson ao lado, aos seis.
Na primeira incursão à baliza contrária, os algarvios revelaram-se bem mais eficazes do que os minhotos, com Willyan a cabecear para o fundo das redes ao primeiro poste, em resposta a livre cobrado por Lucas Fernandes na esquerda.
Em vantagem, o Portimonense ‘apertou’ ainda mais a ‘teia’ defensiva para contrariar a reação vizelense e aproveitou algumas das perdas de bola adversárias para lançar contra-ataques que quase valeram o segundo golo aos 34 minutos, quando Angulo falhou o ‘alvo’ na pequena área, servido por Moufi, e aos 35, com Lucas Fernandes a acertar na malha lateral.
No lance subsequente, foi a vez de os anfitriões se mostrarem eficazes perante as ameaças do opositor, num golo parecido ao dos algarvios, já que Schettine saltou mais alto ao primeiro poste para cabecear para golo, após canto batido na esquerda por Kiki Afonso.
Os homens treinados por Álvaro Pacheco recuperaram o ascendente dos primeiros minutos e quase ‘viraram’ o resultado aos 41 minutos, quando Nuno Moreira atirou ao lado, isolado, antes de se acercarem do ‘último reduto’ algarvio, com vários ataques que acabaram com remates intercetados ou sem a emenda decisiva.
Na última meia hora, as duas formações em campo perderam velocidade e acerto nas decisões, limitando-se quase sempre a cruzamentos para a área, no caso dos anfitriões, e a lançamentos longos em busca de um jogador solto, no caso dos forasteiros, que tiveram o lance mais perigoso nessa fase – um remate de Nakajima por cima, aos 77 minutos.
Declarações
Declarações dos treinadores após o Vizela – Portimonense (1-1), jogo da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Vizela:
– Álvaro Pacheco (Treinador do Vizela): “Se nos agarrarmos às estatísticas, o Vizela foi muito superior ao Portimonense. De um lado vimos uma equipa a tentar dominar o jogo na globalidade e outra a jogar em contra-ataque. Estamos a falar de um Portimonense que gosta de ter bola e que é forte fora de casa, pelo coletivo e pelos jogadores que tem. À exceção do período entre os 70 e os 80 minutos, em que o Portimonense teve mais iniciativa, o Vizela teve mais remates e cruzamentos.
Na segunda parte, tivemos oportunidades para fazer o segundo golo. Quando o Portimonense avançou no terreno, numa fase em que senti os jogadores cansados, fizemos algumas substituições. Mas a melhor equipa em campo foi o Vizela.
Os adeptos têm de estar tristes. Têm de estar orgulhosos desta equipa, que demonstra caráter, determinação e um ritmo de jogo elevadíssimo, o que não é fácil. Na primeira vez em que foi à nossa baliza, o Portimonense marcou. Tivemos mais uma adversidade e reagimos. Empatámos e fomos em busca do segundo golo, mas não conseguimos. De resto, foi uma grande partida, com magníficos adeptos, magnífica envolvência e três grandes equipas. A equipa de arbitragem [liderada por Luís Godinho] esteve muito bem.
Quando ganhávamos a bola, eles estavam a perceber os espaços. O Alex [Méndez] e o Kévin [Zohi] entraram mal [aos 71 minutos]. A equipa ficou intranquila e teve algumas perdas de bola. Mas não acho que tenha sido pelo excesso de intensidade e pela falta de discernimento [que caímos de rendimento]. Quando colocámos o [Friday] Etim em campo, voltámos a ter serenidade e a aparecer em zonas de finalização. Faltou-nos eficácia. Mas deixa-me satisfeito a atitude da equipa, e a maturidade para ter saído de um momento negativo [da desvantagem]”.
– Paulo Sérgio (Treinador do Portimonense): “A primeira observação é a mais correta. Não entrámos bem no jogo. A nossa pressão não estava a ser eficaz e o Vizela estava a ter muita iniciativa. Fica-me bem reconhecer que fizemos o primeiro golo contra a ‘corrente do jogo’. Fomos felizes numa bola parada.
Depois, tivemos o lado da infelicidade: temos três bolas para fazer o 2-0, flagrantes, na pequena área, [antes de sofrermos o empate]. Como a nossa pressão não estava a surtir efeito, recuei o Willyan provisoriamente. O fantástico apoio dos adeptos do Vizela à equipa torna difícil comunicar o que queremos à equipa. Ao intervalo, tivemos uma boa conversa e acertámos as coisas.
A segunda parte é completamente diferente. Subimos as linhas, aumentámos a pressão e dificultámos a tarefa do Vizela. Tivemos o domínio do jogo e bolas para golo. As duas partes foram distintas. Os pontos foram bem divididos. Mas tivemos situações muito claras para fazer o 2-0 antes do Vizela empatar.
No mês de janeiro, e ainda em fevereiro, porque alguns mercados estão abertos nessa altura. Tivemos várias alterações no grupo. Somos um clube vendedor. As coisas levam tempo. Estamos a meter jovens e a experimentar. Mas a equipa mostrou-se sempre pronta para competir. Podemos não ganhar, mas temos de entrar de forma sempre clara para lutar pelos pontos”.
Jogo no Estádio do Futebol Clube de Vizela
Vizela – Portimonense, 1-1
Ao intervalo: 1-1
Marcadores:
0-1, Willyan, 17 minutos.
1-1, Schettine, 36.
Equipas:
– Vizela: Pedro Silva, Koffi Kouao, Anderson, Bruno Wilson, Kiki, Claudemir, Marcos Paulo, Osama Rashid (Sexta Etim, 84), Kiko Bondoso, Nuno Moreira (Alex Méndez, 71) e Schettine (Kévin Zohi, 71).
(Suplentes: Charles, Igor Julião, Aidara, Ofori, João Ricardo, Alex Méndez, Friday Etim, Andrés Sarmiento e Kévin Zohi).
Treinador: Álvaro Pacheco.
– Portimonense: Samuel Portugal, Moufi, Pedrão, Lucas Possignolo, Filipe Relvas, Willyan, Carlinhos (Dacosta, 90+1), Lucas Fernandes (Ewerton, 73), Angulo (Sapara, 88), Nakajima e Fabrício (Welinton Júnior, 87) ).
(Suplentes: Kosuke Nakamura, Dacosta, Sana Gomes, Henrique Jocú, Ewerton, Luquinha, Sapara, Welinton Júnior e Aponza).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Angulo (45+2) e Fabrício (84).
Assistência: 3.895 espetadores.