O Portimonense conquistou hoje os primeiros pontos na I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 3-0 na visita ao Paços de Ferreira, no encontro que encerrou a segunda jornada da competição.
Após o desaire com o Boavista (1-0) na ronda inaugural, os algarvios impuseram-se agora com golos de Yago Cariello (32 minutos), Luquinha (80) e Ewerton (84), numa partida em que os pacenses jogaram reduzidos a 10 elementos desde os 16 minutos, por expulsão de Uilton, que viu o vermelho direto pouco depois de ter substituído o lesionado Gaitán.
O Paços de Ferreira, que vinha de um desaire com o Gil Vicente (1-0), continua sem somar qualquer ponto em duas jornadas, à semelhança de Rio Ave, Marítimo e Famalicão.
Portimonense vence em Paços de Ferreira e soma primeiros pontos
O Portimonense venceu hoje no reduto do Paços de Ferreira, por 3-0, somando os primeiros pontos na I Liga de futebol, em jogo da segunda jornada em que os pacenses alinharam em inferioridade numérica desde os 18 minutos.
Yago Cariello abriu o marcador aos 32 minutos, Luquinha fez o segundo, aos 80, e Ewerton fechou a contagem, aos 84, assegurando uma justa vitória do Portimonense, ainda que por números exagerados.
Com este triunfo, o Portimonense ascendeu ao oitavo lugar, com os mesmos três pontos de mais cinco equipas, enquanto o Paços de Ferreira sofreu a segunda derrota consecutiva e ainda não pontuou, num registo comum a três outros emblemas, ocupando o 16.º lugar.
As duas equipas perseguiam os primeiros pontos no campeonato, após um arranque em falso, mas o fator casa dos pacenses cedo foi contrariado pela melhor entrada no jogo do Portimonense, que beneficiou da lesão precoce do criativo Gaitán e da expulsão praticamente a seguir de Uilton, que tinha substituído o argentino, por entrada imprudente, por trás, no calcanhar de Anderson, obrigando mesmo à sua substituição.
Com Holsgrove e Matchoi de início, em substituição do lesionado Luiz Carlos e de Uilton, o Paços mostrou debilidades na construção, acentuadas com a saída de Gaitán, e no ataque, entregue a Sales, ainda mais isolado após a expulsão, num plantel carente de soluções e mais qualidade.
Antunes, de livre direto, aos 20 minutos, protagonizou o único remate do emblema nortenho à baliza dos algarvios, com o ex-pacense Diaby como novidade num ‘onze’ que incluiu ainda Paulo Estrela, de regresso à terra onde nasceu, mas seria Yago a figura da equipa.
O possante avançado brasileiro recrutado ao União de Santarém, da Liga 3, estreou-se a marcar no principal escalão, desviando de cabeça um cruzamento de Pedro Sá e batendo Jordi.
O guarda-redes pacense, em rigor, não teve muito trabalho, apesar do domínio evidente dos visitantes, mais fortes nos ‘duelos’, mais rápidos nas saídas para o ataque e mais assertivos nas trocas de bola.
O Portimonense tinha vantagem no marcador e no número de jogadores de campo, tinha tudo para consolidar o triunfo, mas ainda sofreu a reação pacense e quase sofreu o empate, mas Matchoi, um dos mais inconformados entre os locais, permitiu a defesa a Samuel Portugal.
O Paços ganhou poder de choque com o regressado Koffi no ataque e mantinha-se na discussão do resultado, mas a equipa pagou a ‘fatura’ de ir à procura do empate e, num curto espaço de tempo, sofreu dois golos, anotados pelos suplentes Luquinha e Ewerton, aos 80 e 84 minutos, respetivamente, fixando o resultado final.
Declarações
Declarações após o jogo Paços de Ferreira – Portimonense (0-3), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, em Paços de Ferreira:
– César Peixoto (treinador do Paços de Ferreira): “Muita coisa correu mal. A expulsão, antecedida pela lesão do Nico [Gaitán], depois, a perder e com menos um, complica tudo. Penso que o resultado é um pouco injusto, pois é um pouco dilatado. Foi um mau jogo, porque foi muito condicionado desde o início.
Já no último jogo tivemos algumas condicionantes em termos de soluções. Aqui, hoje, o jogo estava muito condicionado. Temos de trazer mais opções e qualidade, mas estamos todos a trabalhar no mesmo sentido e temos de ser muito criteriosos nas escolhas.
Os jogadores nunca baixaram os braços, a equipa trabalhou, conseguimos ainda ser agressivos, mas, claro, que a gestão era sempre difícil”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Entrámos por cima, a pressionar muito alto e a não deixar o Paços organizar o jogo, correndo riscos. Depois há um momento, que é aquela precipitação do Uilton, que deixa o Paços a jogar com 10 e numa posição difícil. Avisei os rapazes que conheço esta casa e eles iam fazer tudo para tentar inverter as coisas.
Perdemos um pouco o controlo do jogo na segunda parte, o que quase nos podia ter custado um golo, e havia algumas coisas que não estavam tão fluidas. O Ewerton trouxe o tal discernimento. O espaço estava lá, era enorme, pelo avanço do Paços, o que nos permitiu descansar no jogo com o segundo golo”.
Jogo no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira
Paços de Ferreira – Portimonense, 0-3
Ao intervalo: 0-1
Marcadores:
0-1, Yago Cariello, 32 minutos.
0-2, Luquinha, 81.
0-3, Ewerton, 84.
Equipas:
– Paços de Ferreira: Jordi, Juan Delgado, Nuno Lima, Pedro Ganchas, Antunes, Holsgrove (Ibrahim, 78), Rui Pires, Matchoi, Nico Gaitán (Uilton, 15), Nigel Thomas (Fernando Fonseca, 78) e Arthur Sales (Koffi, 54).
(Suplentes: Jeimes, Zé Oliveira, Fernando Fonseca, Flávio Ramos, Vasco Sousa, Luís Bastos, Ibrahim, Uilton e Koffi).
Treinador: César Peixoto.
– Portimonense: Samuel Portugal, Fahd Moufi, Willyan, Filipe Relvas, Moustapha Seck (Ouattara, 77), Pedro Sá, Paulo Estrela (Henrique Jocú, 58), Diaby (Ewerton, 77), Anderson (Luquinha, 20), Yago Cariello e Wellinton Júnior.
(Suplentes: Kosuke Nakamura, Ouattara, Henrique Jocú, Ewerton, Luquinha, Bruno Reis, Kim, Ricardo Matos e Rui Gomes)
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Matchoi (45+3), Paulo Estrela (50), Willyan (55), Samuel Portugal (60), Filipe Relvas (66), Juan Delgado (60), Wellinton Júnior (60) e Pedro Ganchas (73). Cartão vermelho direto para Uilton (18). O treinador do Paços de Ferreira, César Peixoto, viu cartão amarelo aos 21 minutos.
Assistência: 2.668 espetadores.