A 16.ª edição do Grande Prémio de Portugal vai ser disputada pelo segundo ano consecutivo no Autódromo Internacional do Algarve (AIA). Desta vez, com a terceira prova da temporada, depois de ter encerrado o campeonato de 2020, na sequência da suspensão das etapas argentina e norte-americana, devido à pandemia de covid-19.
A partir de 2022, o circuito algarvio deve ficar em permanência e de forma titular no calendário, pelo menos durante os três anos seguintes.
Para já, a ausência do hexacampeão Marc Márquez, devido a uma lesão contraída na primeira prova do ano passado, em Jerez de la Frontera, em Espanha, tornou o campeonato de 2020 no mais competitivo do que nunca, com nove vencedores diferentes nas 14 corridas realizadas após a reformulação do calendário.
Este ano, ainda sem Márquez no pelotão, a recuperar da terceira operação ao braço direito, realizada em dezembro de 2020, as duas primeiras corridas do ano, no Qatar, mostraram o pelotão mais competitivo da história, com a menor diferença registada entre o primeiro e o 15.º classificado no GP de Doha, precisamente o português Miguel Oliveira (KTM), que terminou a 8,928 segundos do vencedor, o francês Fabio Quartararo (Yamaha).
O regresso de Márquez traz alguma da “normalidade” perdida devido à pandemia, mas a incógnita prende-se com os efeitos que a ausência de nove meses pode ter deixado no antigo campeão, que ainda não correu no circuito português.
Após duas rondas no circuito com a maior reta de todo o campeonato (a reta da meta de Losail tem mais de um quilómetro), a real valia de pilotos e motas ainda não está claramente demonstrada pois, tradicionalmente, o Qatar favorece as Ducati.
O francês Johann Zarco (Ducati) chega a Portimão na liderança do campeonato, com 40 pontos fruto de dois segundos lugares, mais quatro do que o compatriota Quartararo e do que o espanhol Maverick Viñales, vencedor prova inaugural da época, ambos em Yamaha.
Até agora, as Ducati e as Yamaha foram as mais fortes, mas Suzuki, KTM e Aprilia já mostraram bons pormenores num circuito pouco favorável, sendo expectável que a ronda europeia, que agora arranca, mostre mais predicados.
O campeão em título, o espanhol Joan Mir (Suzuki), tem tido um início de campeonato modesto, com um quarto e um sétimo lugares mas a grande arma do piloto maiorquino em 2020 foi a consistência, somando pontos importantes mesmo em dias menos positivos.
Também o português Miguel Oliveira espera uma melhoria com a chegada à Europa e a um circuito onde dominou em 2020, com ‘pole position’, vitória e volta mais rápida.
Esta vai ser a 16.ª edição do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, depois de 12 edições, entre 2000 e 2012, terem sido disputadas no autódromo do Estoril e a de 1987 no circuito de Jarama, em Espanha.