Dois anos depois de ter perdido a final, Lucas Poullain sagrou-se campeão de singulares do Faro Open e fechou um fim de semana de festa francesa no Centro de Ténis e Padel de Faro, que organizou a 32.ª edição do torneio internacional masculino com os apoios da Câmara Municipal de Faro e da Federação Portuguesa de Ténis.
Na final deste domingo, Lucas Poullain (849.º do ranking mundial) derrotou o compatriota Timo Legout (494.º) pelos parciais de 7-6(5) e 6-2 após 2h11.
Resolvida em duas partidas, a decisão esteve perto de ter contornos mais dramáticos tal foi o equilíbrio entre os dois jogadores gauleses: a uma troca de breaks logo nos primeiros jogos seguiu-se um encaixe prolongado entre Poullain, de 27 anos, e Legout, de 20, que só se resolveu no tie-break.
Aí, a maior variedade de Legout esteve perto de recompensá-lo com a conquista da primeira partida, mas o facto de ser o jogador com mais iniciativa foi precisamente o que o levou a perder quatro pontos consecutivos, de 5-3 para 5-7, e a deixar fugir o parcial.
O mais novo dos dois franceses era quem mais precisava de adiantar-se no marcador e o desenrolar da final comprovou-o, pois a partir do momento em que passou para a frente Poullain não mais abriu mão da liderança. Com uma consistência notável que já tinha estado em evidência na vitória em mais de três horas sobre Pedro Sousa na segunda ronda, foi suficientemente rápido a reagir quando Legout devolveu o break em branco e com uma nova quebra de serviço — uma vez mais apoiada em demasiados erros diretos do adversário — sentenciou o frente a frente.
Um dia depois de ter perdido a final de pares ao lado do também francês Clement Tabur, Lucas Poullain sagrou-se campeão de singulares do 32.º Faro Open. Um título muito especial por tratar-se não só do quinto da carreira (e segundo em torneios de 25.000 dólares), mas sobretudo por ser o primeiro desde que recuperou de uma grave lesão — rotura do menisco do joelho direito — que o obrigou a ser operado e que o afastou da competição pouquíssimas semanas depois de ter disputado a final deste mesmo Faro Open em 2021, o ano em que alcançou o melhor ranking da carreira (426.º).
“Estou muito, muito feliz com a vitória. Há dois anos fiquei muito triste porque tive uma excelente semana, mas não consegui jogar o meu melhor na final, por isso conseguir fazê-lo hoje é muito especial”, disse Poullain já de troféu nas mãos. “Penso que o momento decisivo foi ter ganho o primeiro set. Tivemos trocas de bolas muito longas e os nossos estilos de jogos são muito parecidos, por isso não é fácil defrontá-lo.”
No final, o diretor do torneio e responsável pelo Centro de Ténis e Padel de Faro, José Rosa Nunes, fez um balanço muito positivo da 32.ª edição do Faro Open: “Estamos muito contentes porque foi uma semana com bom tempo e com bons encontros e na qual os jogadores foram bem recebidos. O balanço é muito positivo. Tivemos muito bons patrocinadores, a começar pela Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal de Faro, de maneira que chegámos ao fim muito satisfeitos com esta 32.ª edição.”