Jorge Jesus está de saída do Benfica e, segundo o que a SIC conseguiu apurar, não vai receber indemnização.
O treinador não vai querer uma indemnização, mas vai continuar a receber o salário do Benfica até assinar por outro clube. A partir desse momento, o clube da Luz não terá de pagar mais nada.
Jorge Jesus já não vai orientar o treino desta terça-feira. Nélson Veríssimo, que estava ao serviço da equipa B, foi chamado de urgência a Lisboa e vai assumir o comando da equipa no treino da tarde, assim como no jogo de quinta-feira frente ao FC Porto.
Na manhã desta terça-feira, pouco antes do início do início do treino, os jogadores começaram a sair do centro de estágio no Seixal. O primeiro foi André Almeida, o capitão da equipa, seguido de 10 a 15 jogadores, incluindo Pizzi. A saída do treinador surge num momento de tensão no clube, que terá alastrado ao balneário.
O Flamengo já não é opção para Jorge Jesus. Nesta altura, Paulo Sousa continua a ser o nome em cima da mesa, apenas dependente da desvinculação da seleção da Polónia. No entanto, o despedimento de Cuca do Atlético Mineiro pode significar uma “janela de oportunidade para Jorge Jesus no Brasil”.
ATLÉTICO MINEIRO PODERÁ SER OPÇÃO PARA JORGE JESUS
O jornalista da SIC, Pedro Sepúlveda, explica que o Flamengo já não é opção para Jorge Jesus. Nesta altura, Paulo Sousa continua a ser o nome em cima da mesa, apenas dependente da desvinculação da seleção da Polónia.
No entanto, Pedro Sepúlveda destaca o despedimento de Cuca do Atlético Mineiro, que pode significar uma “janela de oportunidade para Jorge Jesus no Brasil”.
RIBEIRO CRISTÓVÃO DIZ QUE SAÍDA DE JESUS DO BENFICA ERA “INEVITÁVEL”
O comentador da SIC António Ribeiro Cristóvão sublinha que a saída de Jesus era inevitável, tendo em conta os maus resultados e más exibições da equipa encarnada.
“Jorge Jesus está sem condições, já há muito tempo, de treinar o Benfica”, afirmou.
DA PROMESSA DE UM BENFICA A JOGAR O TRIPLO AO DIVÓRCIO COM OS ADEPTOS
Depois de conquistar seis títulos no Flamengo e garantir um lugar na história do futebol brasileiro, Jorge Jesus fez as malas e regressou a Portugal e ao Benfica no verão de 2020.
Chegou com a promessa de uma equipa a jogar o triplo, mas os resultados não chegaram. Neste regresso aos encarnados, Jesus não ganhou qualquer título.
A direção do clube decidiu, no entanto, manter a confiança no treinador na expetativa de que a nova época fosse diferente para melhor. Mas apesar da qualificação para os oitavos de final da Champions, o Benfica já está fora da Taça de Portugal e é 3º na Liga, a quatro pontos de Sporting e do FC do Porto.
Depois da derrota na Luz frente aos leões, a reacção das bancadas deixava ainda bem evidente um claro divórcio entre os adeptos do Benfica e Jorge Jesus.
PLANTEL FICOU DO LADO DE PIZZI E RECUSOU CONTINUAR O TREINO
Em causa está um desentendimento com Pizzi. Na segunda-feira, Jorge Jesus colocou-o a treinar à parte, depois deste ter feito críticas à exibição da equipa no Dragão.
O plantel ficou ao lado de Pizzi, bateu o pé e recusou-se a continuar o treino. Para esta manhã estava marcada nova sessão de trabalhos com Jesus, que foi cancelada.
A tensão entre o treinador e a equipa fez perceber que não há condições para Jesus continuar no clube.
O técnico chamou o advogado ao centro de treinos do clube, no Seixal, onde estiveram reunidos com o presidente Rui Costa para negociar a rescisão de contrato.
NÉLSON VERÍSSIMO REGRESSA À EQUIPA PRINCIPAL DO BENFICA UM ANO E MEIO APÓS RENDER BRUNO LAGE
O treinador Nelson Veríssimo regressou hoje ao leme da equipa principal de futebol do Benfica, um ano e meio após ter substituído Bruno Lage no comando dos encarnados nas últimas cinco jornadas da I Liga de 2019/20.
Tal como nessa época, mas agora bem mais cedo, o até agora líder da equipa secundária dos encarnados foi chamado para assegurar a liderança do grupo após um período de “tempestade”, que resultou no afastamento do treinador principal do clube, e já orienta a equipa no treino de hoje, a dois dias da vista ao FC Porto.
Então, Veríssimo acompanhou Bruno Lage, na condição de adjunto, na promoção à equipa principal na época anterior, para substituir Rui Vitória, que acabou com a conquista do último título de campeão nacional do clube da Luz.
Agora, ascende em “nome próprio” à equipa principal e até final da temporada, para render Jorge Jesus, com “pergaminhos” de líder da II Liga de futebol, onde somou 10 vitórias em 15 jogos na presente temporada, que colocam os “bês” a uma distância de quatro pontos do segundo classificado, o Feirense.
Na primeira passagem pelo comando da equipa principal, numa época atípica, que terminou apenas em agosto devido à pandemia de covid-19, Veríssimo somou um empate e quatro vitórias na I Liga, com destaque para o triunfo sobre o Sporting (2-1) na última jornada da competição.
Não foi suficiente para “anular” a distância, que terminou em cinco pontos de atraso, para o FC Porto, que se sagrou campeão nacional e conquistou a Taça de Portugal com uma vitória (2-1), precisamente, sobre o Benfica, naquele que foi o último jogo de Veríssimo à frente da equipa do Benfica.
Curiosamente, a estreia da segunda passagem de Veríssimo será igualmente frente ao FC Porto, na quinta-feira, na 16.ª jornada da I Liga.
O técnico abandonou o clube no final dessa primeira passagem pelo comando da equipa principal, mas voltou sete meses depois, em março deste ano, para suceder a Renato Paiva à frente da equipa B, a partir da 14.ª jornada, quando esta se encontrava em 15.º lugar da II Liga, apenas dois pontos acima da zona de despromoção.
Terminou tranquilamente no oitavo lugar, após oito vitórias e sete empates em 21 jogos, e transitou para a presente época, onde a equipa secundária se tem destacado com apenas duas derrotas no competitivo campeonato do segundo escalão nacional.
Enquanto jogador, Nelson Veríssimo fez quase toda a formação nos “encarnados”, onde ingressou em 1989, oriundo do Atlético Povoense, ainda com idade de infantil (sub-13).
Estreou-se na equipa principal em 1995/96, onde alinhou em apenas três encontros, uma época antes de ser emprestado ao Alverca, para nunca mais voltar ao Benfica na condição de jogador.
Antes de iniciar a carreira de treinador, como adjunto de Luís Norton de Matos, na primeira época do projeto da equipa B do clube da Luz, Veríssimo representou ainda a Académica, o Vitória de Setúbal, o Fátima e o Mafra.
– Notícia da SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL