Jaime Faria está a viver o melhor início de época da carreira e esta quarta-feira prolongou o momento de forma com uma vitória na primeira ronda do Faro Open, o torneio internacional de 25.000 dólares que o Centro de Ténis e Padel de Faro organiza, entre 25 de fevereiro e 3 de março, com os apoios da Câmara Municipal de Faro e da Federação Portuguesa de Ténis.
Campeão em Vila Real de Santo António no domingo, o jovem lisboeta de 20 anos registou a sexta vitória consecutiva e seguiu os passos do compatriota Pedro Araújo, que na véspera já tinha reservado um lugar na segunda ronda do quadro principal de singulares.
O triunfo inaugural foi conseguido às custas do amigo Duarte Vale (607.º classificado no ranking), contra quem Jaime Faria (391.º, mas já com a garantia de entrar pela primeira vez no top 350 na segunda-feira) precisou de lutar durante 3:02 para vencer com os parciais de 7-6(1), 5-7 e 6-3.
“Foi um encontro muito difícil, como já esperava. Ele é um grande lutador e nunca dá o braço a torcer. No primeiro e no segundo sets estive por cima e liderei por 5-3, mas não consegui fechar. Ele teve mérito na forma como se manteve em jogo e lutou muito nessas alturas”, explicou o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, acrescentando que “tive algumas maratonas na semana passada que me fizeram passar por momentos como estes”.
O título conquistado em Vila Real de Santo António foi o terceiro da carreira para Jaime Faria, mas o primeiro desde outubro de 2022 e também o primeiro na categoria M25, pelo que o jovem admitiu ter vivido “sensações muito diferentes” no pós-conquista, que o obrigaram a deixar rapidamente para trás essa campanha e apontar o foco ao Faro Open.
O objetivo passa por chegar o mais rapidamente possível ao qualifying de um torneio do Grand Slam e para isso o número sete nacional — e segundo mais novo entre esses representantes — sabe que precisa de ser presença regular nas fases adiantadas destes torneios.
O próximo obstáculo dessa missão dá pelo nome de Nikolay Vylegzhanin (502.º), russo que admitiu não conhecer, mas que deixou pelo caminho um adversário (o norte-americano Nathan Ponwith) que lhe deu trabalho na semana passada, a caminho do título, e que por isso o alerta para dificuldades.
A jornada desta quarta-feira lançou vários representantes portugueses a jogo, mas Jaime Faria acabou por ser o único a seguir em frente.
João Domingues (fora do top 800, mas ex-número 150 mundial) começou bem, mas não foi capaz de segurar a vantagem e perdeu por 5-7, 6-2 e 6-3 com o ucraniano Oleksii Krutykh (392.º) no último encontro do dia.
O desfecho foi semelhante ao de Gonçalo Falcão (1663.º), que depois de ultrapassar o qualifying esteve encaminhado para mais uma vitória, negada pelo espanhol Alejandro Turriziani Alvarez (1432.º) com os parciais de 5-7, 6-4 e 6-4 após 2:55.
Tiago Pereira (735.º) e Rodrigo Fernandes (1154.º) sofreram derrotas em dois sets, o algarvio por 6-3 e 6-3 para o checo Hynek Barton (480.º) e o bracarense por 7-6(4) e 7-6(4) no duelo de qualifiers com o búlgaro Alexander Donski.
Na variante de pares, Francisco Oliveira e Afonso Portugal cederam por 7-6(4) e 6-3 contra Roy Stepanov e Tennyson Whiting, pelo que a representação portuguesa ficou a cargo dos já apurados João Domingues/Jaime Faria, Francisco Rocha/Duarte Vale e Tiago Pereira com Alexander Donski.
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