Henrique Rocha apurou-se para os quartos de final de singulares do Faro Open e passou a ser o único português em prova na 32.ª edição do torneio internacional de 25.000 dólares que o Centro de Ténis e Padel de Faro organiza, com os apoios da Câmara Municipal de Faro e da Federação Portuguesa de Ténis, entre os dias 19 e 26 de fevereiro.
Cheio de confiança após ter erguido o primeiro título da carreira em torneios profissionais no domingo, em Vila Real de Santo António, Henrique Rocha (854.º classificado no ranking ATP) celebrou a nona vitória consecutiva ao superar o compatriota Duarte Vale (854.º) por 7-5 e 6-2 em 1h47.
Tal como no dia anterior, o maiato de 18 anos voltou a vencer cinco jogos consecutivos para escapar entre a espada e a parede (2-5) no primeiro set. E ao contrário do que aconteceu na véspera, quando teve de disputar três partidas, a recuperação desta quinta-feira teve contornos decisivos no encontro, dado que com ela Rocha ganhou o embalo que procurava para “desenhar” um segundo parcial bem mais tranquilo, no qual estancou a agressividade do adversário e foi sempre o jogador com mais iniciativa desde a linha de fundo.
Nos quartos de final, Henrique Rocha medirá forças com o norte-americano Martin Damm, 446.º classificado no ranking mundial e responsável pela eliminação do costa-marfinense Eliakim Coulibaly (511.º) por 7-6(2) e 7-5.
Os acontecimentos desta quinta-feira fizeram do jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis o único representante português ainda em prova neste Faro Open.
Pedro Sousa (462.º), que na terça-feira se tornara no primeiro luso a avançar, lutou durante 3h04, mas acabou por ceder perante o francês Lucas Poullain(849.º), por 7-6(4), 6-7(4) e 6-3, num encontro que até terminou com mais pontos ganhos (124) em relação ao adversário (120).
Nem Sousa (campeão do Faro Open em 2012 e finalista em 2013) nem Poullain (vice-campeão em 2021) têm na pancada de serviço uma das suas armas principais, por isso o encontro caracterizou-se por várias quebras de serviço e sobretudo muitas oportunidades de parte a parte. O lisboeta de 34 anos e ex-número 99 mundial foi, aliás, o tenista que mais chances deixou escapar — apenas converteu seis dos 23 pontos de break que criou, ao passo que Poullain concretizou sete de 14, dois deles no derradeiro parcial e já depois de ter estado em desvantagem.
Já na variante de pares, Fábio Coelho e Gonçalo Falcão tinham sido os únicos tenistas lusos a avançar para os quartos de final, mas não conseguiram dar seguimento ao resultado da véspera. Quartos cabeças de série, os jogadores de 22 e 35 anos, respetivamente, perderam por 6-2 e 6-4 para os checos Matej Vocel e Michael Vrbensky.