Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram encerrados no último domingo (8) e o Brasil alcançou sua melhor posição no quadro de medalhas: 12ª colocação com 21 medalhas no total. Porém, apesar do desempenho, um estudo realizado pela SportsValue, aponta que o brasileiro falhou em impulsionar o desporto em território nacional e por conta disso ainda não conseguiu se tornar uma potência olímpica.
De modo geral, as nações que sediaram as Olimpíadas tendem a utilizar o evento para potencializar o desporto nacional. A pesquisa relata que a Rio-2016 não conseguiu fazer com que o Time Brasil desse um salto significativo. A título de comparação, no ano 2000, Sidney foi a cidade sede das Olimpíadas, com isso a Austrália foi impulsionada ao posto de potência, já que a nação somou 17 medalhas a mais se comparada com a edição anterior. Sendo que essa média permaneceu altíssima, já que em Tóquio a Austrália teve nada mais nada menos que 41 conquistas.
No entanto, essa melhora de desempenho não ficou restringida à Austrália, algo semelhante ocorreu com a China a partir de 2008. A média de medalhas do país em Sidney e Atenas era de 61, mas em Pequim e Londres o número subiu para 95. Provavelmente por conta disso, a China foi uma das favoritas a bater os Estados Unidos na edição de Tóquio – onde ficou com a segunda posição no quadro de medalhas, ainda assim fazendo bastante sucesso entre os espectadores que aproveitaram as facilidade das casas de apostas com bónus que podem mais que dobrar o saldo inicial, para dar seus palpites no evento desportivo.
A Grã-Bretanha foi mais um país que conseguiu um feito parecido com a Austrália e a China, já que antes Londres-2012, eles haviam conquistado 40 medalhas nas últimas duas edições do evento. Mas, após sediar as Olimpíadas e participar da Rio-2016, essa média subiu para 66 medalhas.
Rio de Janeiro 2016
Nos Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil conseguiu o seu melhor desempenho até aquele momento, com 19 conquistas. No entanto, o país acabou sendo a exceção à regra, e apesar do investimento de R$ 14 bilhões para a concepção do evento, conseguiu somar apenas 2 medalhas a mais que nas edições anteriores em que participou (Londres e Pequim).
Desta vez, em Tóquio, o crescimento manteve-se: somente duas conquistas a mais em comparação com a Rio-2016. Sendo que este aumento pode ser facilmente justificado pela adição do Surf e Skate aos Jogos Olímpicos, onde o Brasil angariou medalhas em ambas modalidades.
A SportsValue destaca no estudo: “Quase sempre os medalhistas olímpicos brasileiros trazem consigo histórias de superação, custeio da carreira do próprio bolso e muito empenho. Não há um sistema que efetivamente contribua para a massificação de prática desportiva, deteção sistemática de novos talentos e estrutura para treino em larga escala”.
Eles ainda apontam que, apesar de Tóquio 2020 ser o maior sucesso brasileiro no quadro de medalhas, ainda assim é um grande fracasso. Pois, a nação não conseguiu repetir o mesmo feito de vários outros países, que aproveitaram as Olimpíadas para impulsionar o desporto dentro dos seus domínios.
Resposta pronta
Os Jogos Olímpicos terminaram, mas a polémica da seleção de futebol masculina não utilizar o agasalho do patrocinador no momento da “premiação” ainda repercute. Os jogadores do elenco chegaram ao Brasil na manhã de segunda-feira (9), e ao serem questionados sobre o assunto responderam da mesma maneira: Isso é com a CBF.
O primeiro a ser questionado foi o lateral do Palmeiras, Gabriel Menino, que afirmou: “Isso é assunto da CBF e do presidente, então eles resolvem por lá. Me desculpe, mas não quero me intrometer nisso.” Uma resposta parecida foi dada pelo goleador do Vasco, Lucão, “Isso é melhor deixar para a CBF falar”.
O único que falou um pouco mais foi o mais experiente e capitão da equipe, Daniel Alves. Apontando que não cabe aos atletas resolverem tal questão, e que serão pessoas acima deles na hierarquia que irão responder essas questões. Ainda assim, para o lateral o mais importante foi conseguido, que era a medalha de ouro e eles estão felizes por terem alcançado o objetivo que os atletas sonhavam.