Oliveira caiu na segunda curva da quarta prova da temporada depois de ter sido abalroado pelo francês Fabio Quartararo (Yamaha), repetindo-se o cenário que já tinha acontecido no GP de Portugal, há pouco mais de um mês.
Na altura, a 26 de março, foi o espanhol Marc Márquez (Honda) quem colocou o piloto português fora de prova, provocando-lhe uma lesão nos tendões da coxa direita que o obrigaram a falhar, também, o GP da Argentina, segunda prova da temporada.
De acordo com os dados estatísticos da MotoGP, desde 2019, ano da sua primeira temporada na categoria rainha do campeonato, Miguel Oliveira sofreu 12 quedas em corrida, sete delas provocadas por toques de adversários.
Em 2019, quando estava na sua época de estreia, ainda com a KTM da Tech3, o piloto português foi abalroado pelo francês Johann Zarco (KTM) no Grande Prémio da Grã-Bretanha. A queda provocou uma lesão no ombro direito do piloto luso, que só conseguiu debelar no final da temporada.
Em 2020, no GP da Andaluzia, Oliveira foi abalroado novamente por um companheiro de marca. No caso, foi o sul-africano Brad Binder (KTM) a deixar o piloto de Almada fora de prova.
Nesse mesmo ano, o espanhol Pol Espargaró, outro piloto da KTM, marca pela qual correu Miguel Oliveira até 2022, abalroou o piloto português no GP da Áustria. O incidente acabaria por motivar uma troca de palavras entre os dois, com o luso a considerar que nem todos tinham “inteligência” em cima da mota.
A verdade é que, um ano mais tarde, em 2021, novamente no GP da Áustria, e novamente Pol Espargaró (agora já na Honda), deu um toque na mota do piloto português, provocando a sua queda.
Pior aconteceu no GP do Algarve desse mesmo ano de 2021, penúltima prova do campeonato. Novamente um colega de marca, o espanhol Iker Lecuona, foi responsável por deixar Miguel Oliveira por terra.
O piloto luso foi mesmo obrigado a sair de maca da pista, tal como aconteceu esta tarde após o choque de Fabio Quartararo contra a sua Aprilia e já tinha acontecido no GP de Portugal.
As restantes cinco quedas sofridas em corridas de MotoGP pelo piloto português aconteceram sem intervenção de terceiros.
Miguel Oliveira desistiu ainda uma vez, no GP da Estíria de 2021, por problemas técnicos com o pneu dianteiro da sua mota.
Em 2019, Miguel Oliveira falhou ainda as provas da Austrália, Malásia e Valência (as três últimas do campeonato) devido à lesão no ombro direito, agravada com uma queda nos treinos para o GP australiano, provocada por uma rajada de vento.