A 15.ª edição do Festival de Órgão do Algarve encerra esta semana com dois concertos protagonizados pelo organista e musicólogo Joris Verdin.
Na sexta-feira 25 de novembro, na Igreja de Santiago de Tavira, apresenta uma primeira parte sob o tema “A era do Iluminismo em Portugal e na Bélgica com comentários de hoje”, com obras do século XVIII. O harmónio soará na segunda parte do concerto, sob o tema “A Era do Romantismo na Bélgica e na França”, interpretando obras já do século XIX.
No sábado 26 de novembro, a Igreja da Sé em Faro será palco de um novo programa de concerto, também dividido entre obras para órgão e para harmónio. Na primeira parte soarão compositores portugueses e belgas, intercalados por comentários pelo próprio Joris Verdin. As obras românticas interpretadas ao harmónio serão o destaque da segunda parte do concerto.
O Festival de Órgão do Algarve 2022 conta com os apoios da Direção Regional de Cultura do Algarve e dos Municípios de Faro, Loulé, Portimão e Tavira, com o apoio à divulgação da Região de Turismo do Algarve, com os parceiros de comunicação Antena 2, Sul Informação e Rua FM e com o parceiro de alojamento Hotel Faro. Conta ainda com a parceria da Diocese do Algarve, do Cabido da Sé de Faro, da Ordem do Carmo de Faro e das Paróquias de Portimão, Boliqueime e Tavira.
Sobre Joris Verdin
Joris Verdin é organista e musicólogo. Essa duplicidade combina com sua preferência de reviver músicas esquecidas ao mesmo tempo que cria composições contemporâneas. Gravou mais de cinquenta CDs como solista, abrangendo várias épocas e estilos musicais.
É chefe do Departamento de Órgão do Conservatório Real de Antuérpia e professor emérito da Universidade de Leuven, Bélgica. Realizou a primeira edição completa das obras para harmónio de César Franck e o primeiro manual de técnica para harmónio. Uma compilação das suas obras para órgão foi gravada em 1998 e reeditada em 2014.
A partir de 2005, as suas raízes como músico de banda de rock fizeram-no desenvolver o projeto “PipesandSpeakers”, combinando eletrónica ao vivo, sintetizadores com órgão.
A cidade espanhola Torre de Juan Abad (Ciudad Real) nomeou-o como organista honorário do órgão histórico construído por Gaspar de la Redonda em 1763. Obteve “Diapason d’Or”, “Preis der deutschen Schallplattenkritik”, “Choc de la Musique”, “Prémio Klara” (Rádio Flamengo) e Prémio Cecilia (Imprensa Belga) para gravações de música do século XIX, bem como intabulações renascentistas.
Joris Verdin fez a gravação de todas as peças de César Franck para órgão e harmónio. Foi consultor artístico e tocou na inauguração do “orgue-piano” de Liszt em Viena.