Foi assinado esta sexta-feira, 29 de Julho, o Protocolo de Colaboração para Valorização, Restauro e Conservação da Torre Albarrã do Castelo de Paderne.
“Este é um dos castelos de taipa mais emblemáticos da Península Ibérica e portanto este restauro é, para além de tudo, uma oportunidade para valorizar um património que é único e que precisa de uma intervenção rapidamente”, afirmou ao POSTAL Alexandra Gonçalves, directora da Direcção Regional de Cultura do Algarve.
O Castelo de Paderne, situado a 100 metros de altitude, marca bem a sua presença na paisagem. Situa-se numa espécie de península formada pela Ribeira de Quarteira e por vales férteis, com abundante produção agrícola, numa zona estratégica, entre o Litoral e o Barrocal algarvio e entre Loulé e Silves. Foi construído no século XII durante o domínio Almóada, um período no qual os árabes organizaram um forte sistema defensivo por forma a tentar impedir a política expansionista dos cristãos. Política iniciada com D. Afonso Henriques e seguida pelos seus sucessores.
Este emblemático monumento vê agora a sua torre restaurada num orçamento que ronda os 90 mil euros para esta restauração parcial. “Só a torre é que será restaurada, porque neste momento é o elemento que se destaca mais na paisagem”, explicou a directora da DRCAlg.
Esta é uma candidatura ao CRESC 2020 e o Protocolo envolve a Câmara de Albufeira e a Fundação Millenium BCP de forma a garantir a contrapartida nacional necessária. A intervenção levará cerca de oito meses a ser realizada.
(Com Ricardo Claro)