As primeiras estacas do passadiço pedonal sobrelevado da praia de Monte Gordo já podem ser vistas em frente ao Casino, zona central da estrutura com cerca de dois quilómetros de extensão, cuja colocação arrancou no início desta semana.
A passadiço de madeira, orçamentado em um milhão de euros, vai ligar a Praia do Coelho à zona onde actualmente se encontra a ‘tasquinha dos mariscadores’.
Com término previsto para o início de Maio, o passadiço será iluminado em toda a sua extensão, com zonas de descanso e um circuito pedonal e de lazer.
“Este seria provavelmente dos únicos sítios da costa portuguesa que ainda não tinha sido requalificado. Era uma das obras que faltava”, disse ao POSTAL Conceição Cabrita, vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António (VRSA).
A estrutura vai garantir o acesso a todos os apoios de praia existentes, que poderão funcionar normalmente até ao dia 15 de Outubro, data após a qual os concessionários terão até ao dia 8 de Fevereiro de 2018 para demolir os antigos apoios e construir os novos.
Recorde-se que o Plano de Ordenamento da Orla Costeira, aprovado pelo anterior executivo, previa a construção de oito apoios de praia mas, através da sua revisão e do conjunto de reuniões desenvolvidas entre a autarquia e a Agência Portuguesa do Ambiente, foi possível a instalação de 18 unidades.
“Pretendemos requalificar e dar outra qualidade, não só para os nossos habitantes mas essencialmente para as pessoas que nos visitam como turistas”, afirma Conceição Cabrita.
O passadiço é o primeiro passo da operação que renovará o rosto de Monte Gordo, cuja reabilitação integra o processo de requalificação da frente de mar, promovido pelo município de VRSA e avaliado em dois milhões e 200 mil euros.
Autarquia segue investimento na hotelaria do concelho
A requalificação da zona ribeirinha estende-se à hotelaria do concelho, onde se preparam fortes investimentos. O emblemático Hotel Guadiana está a ser alvo de uma modernização interna, que custará aos cofres da autarquia um total de cerca de dois milhões de euros.
O Hotel, incluído na Área de Reabilitação Urbana e no Plano de Pormenor de Salvaguarda da Zona Histórica, manterá a mesma fachada, sendo uma reconstrução apenas interior, que resultará numa unidade de charme. “Pretende-se devolver a dignidade ao Hotel Guadiana, algo que há muito era pedido”, lembra a vice-presidente.
Para além do ‘Guadiana’ foram já adjudicados mais dois hotéis, estes a serem construídos “de raiz”. Trata-se do futuro Hotel do Complexo Desportivo de VRSA e do Hotel da praia de Monte Gordo.
O primeiro pretende dar resposta aos milhares de estágios de atletas de alta competição que anualmente escolhem esta estrutura de treino. Construída junto aos campos de ténis do Complexo Desportivo, a unidade vai ter a tipologia mínima de quatro estrelas e mais de 200 camas distribuídas por cerca de 100 quartos.
Por sua vez, o Hotel da praia de Monte Gordo vai ser uma unidade de cinco estrelas, de baixa densidade, situada em frente à praia, na zona Poente. “A obra já foi adjudicada a um grupo hoteleiro, já passou o visto do Tribunal de Contas, só estamos a aguardar alguns pareceres de entidades regionais e nacionais”, adianta Conceição Cabrita.
Para quem quiser obter informações sobre a requalificação da frente de mar, a Câmara de VRSA tem aberto ao público, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, na Avenida Infante D. Henrique, em frente ao último parque de estacionamento na zona Poente, um gabinete de apoio técnico, com arquitectos, engenheiros e todos os profissionais que trabalham directamente com o empreiteiro.
(Com Henrique Dias Freire)