O Festival MED está de regresso a Loulé, mas com numa versão reduzida que foi apelidada de Intermédio.
Esta terça-feira foi a segunda noite do evento, que contou com o fado de Buba Espinho e a música folk ucraniana dos DakhaBrakha.
É a segunda vez que a banda vem a Portugal. Os DakhaBrakha integram o cartaz do festival, que conta como sete nomes internacionais.
O público já está habituado às regras para a contenção da pandemia e não afastam quem quer desfrutar dos concertos. O Festival Intermédio realiza-se até domingo.
Festival intermedio arrancou em festa com brinde de Virgem Suta e “baille” de Kumbia Boruka
O espírito festivo do Festival MED esteve esta segunda-feira bem presente no arranque do 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗠𝗘𝗗𝗶𝗼, edição limitada e adaptada às medidas impostas neste contexto pandémico. E foi em alta, com dois concertos repletos de energia, protagonizados pelos portugueses 𝗩𝗶𝗿𝗴𝗲𝗺 𝗦𝘂𝘁𝗮 e pelos mexicanos 𝗞𝘂𝗺𝗯𝗶𝗮 𝗕𝗼𝗿𝘂𝗸𝗮, que Loulé deu as boas-vindas a um público que há mais de dois anos está afastado dos grandes eventos.
A escolha do cartaz para a primeira das 7 noites que irão animar o Palco da Cerca, junto à zona histórica da cidade, “não podia ter sido a melhor e contribui para abrir ainda mais o apetite dos espetadores sedentes de espetáculos e de boa música ao vivo”, segundo a organização.
A abrir as hostilidades, subiu ao palco uma das bandas nacionais que nos últimos anos mais se tem destacado na cena pop-rock portuguesa e com eles também a resiliência que marcou o setor cultural nestes tempos difíceis. “Dança de Balcão” (o inconfundível “brinde a nós”) foi a cereja no topo do bolo de um concerto onde aos temas emblemáticos como “Maria Alice” ou “Linhas Cruzadas” se juntou um cover do sempre sonante “Playback” de Carlos Paião protagonizado pelos Virgem Suta de Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo.
𝗞𝘂𝗺𝗯𝗶𝗮 𝗕𝗼𝗿𝘂𝗸𝗮 ficarão, de certo, na história deste 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗠𝗘𝗗𝗶𝗼, o evento de transição para 2022 e para o regresso em pleno Festival MED. Se os ritmos latinos são por si só o mote ideal para a festa, estes mexicanos que tiveram ontem em Loulé a sua estreia absoluta em solo português tiveram a competência de mostrar como é possível pôr os espectadores a dançar mesmo sentados. Um “baile” improvisado em tempos de pandemia, cumprindo todas as regras de segurança impostas, onde uma cumbia renovada assente na tradição mas que se mescla com outras sonoridades foi a rainha da noite.
O 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗠𝗘𝗗𝗶𝗼 teve esta terça-feira a sua segunda noite, com a atuação de mais um representante do Alentejo. Depois dos bejenses 𝗩𝗶𝗿𝗴𝗲𝗺 𝗦𝘂𝘁𝗮, foi a vez de 𝗕𝘂𝗯𝗮 𝗘𝘀𝗽𝗶𝗻𝗵𝗼 trazer ao palco o melhor do Fado e o Cante Alentejano, os dois patrimónios culturais imateriais da UNESCO. A noite encerrou com o regresso dos ucranianos 𝗗𝗮𝗸𝗵𝗮𝗕𝗿𝗮𝗸𝗵𝗮 ao palco louletano. “O verdadeiro caos étnico” que caracteriza a banda trouxe mais uma noite inesquecível no casco histórico de Loulé.
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