















O último Festival de Verão no Algarve começou ontem, quinta-feira, dia 30 de Agosto. As novidades principais: o balão de ar quente e a ‘Silent Party’, em que cada pessoa ouvia a sua música através de fones, atraíram centenas de festivaleiros.
Margarida Gonçalves estava a ouvir música brasileira na festa silenciosa, e confessou ao POSTAL: “Isto é mesmo engraçado, não sabia que existia e nunca tinha participado, mas é mesmo muito divertido. Passei por aqui e achei estranho ver pessoas a dançarem sem se ouvir música, mas mal coloquei os fones entrei no espírito. Amanhã tenho de voltar aqui”.
Os workshops de beat box e de construção de instrumentos musicais começaram a juntar diversas famílias logo às 18:00. O teatro ficou marcado pelo “Muita Tralha Pouca Tralha”, com direcção artística de Catarina Requeiko, e pelo “Varredor de Marés”, com encenação de Rita Neves. Os mais novos, para além do novo espaço dedicado exclusivamente a crianças, tiveram a oportunidade de assistir aos espectáculos musicais e de dança “Party.Com” e “Vibra Tó”.
Nas ruas do recinto foi ainda possível assistir-se às performances “Dar a Ver Quando Fecho os Olhos” e ao “Alfanfare”, ambos indicados para todas as idades.
Quanto ao stand up comedy, “Red Light Comedy”, Catarina Matos, Jel e o tão conhecido Eduardo Madeira fizeram as gargalhadas de todos os que ontem à noite rumaram ao F.
Já nas artes, quatro exposições estiveram patentes: “A Evolução do Braço”, “Extenso”, “Mare Nostrum” e “Dial for Red”.
“Por muitos sítios que passe, Faro é sempre a minha casa” – Diogo Piçarra
A nível de concertos o Festival mostrou-se ecléctico. Pop, hip-hop, house e até música de orquestra passaram nos palcos sete palcos da Cidade Velha de Faro. No Palco Sé, localizado em frente à Catedral do Algarve, estiveram Kátia Guerreiro com a Orquestra Clássica do Sul, Slow J e Blaya. Brass Wires Orchestra, Cristina Branco e os djs da Rádio Comercial, Wilson Honrado e Nuno Luz animaram o Palco Quintalão. Já no Palco Castelo, Domi e Papillon marcaram presença. No meio dos claustros do Museu, Sean Riley, Luís Severo e Sacik Brown entreteram os festivaleiros. Praso, Keso, Rui Miguel Abreu e César Cardoso Quartet estrearam o Palco Arte. O Palco Músicos ficou encarregue dos músicos de electrónica “Untitled”.
Por fim, no palco principal, o Palco Ria, Salvador Sobral, Diogo Piçarra e a encerrar, D.A.M.A fizeram o público cantar melodias.
Recorde-se que Diogo Piçarra é farense e ao voltar a actuar na sua cidade, confessou ao público, após ter cantado a música “Trevo de 4 Folhas: “Foram o melhor público que eu já tive a cantar esta música. Nunca tinham cantado tão alto”. Antes disso, o conterrâneo afirmou mesmo que por muitos sítios que passe, Faro é e será sempre a sua casa.
Catarina Silva veio de Évora especialmente para ver Diogo Piçarra: “Nunca o tinha visto ao vivo. Adorei. O concerto foi lindo e este Festival é fantástico por nunca estamos sem nada para fazer, há sempre actividades e coisas para ver”.
O Festival F decorre até sábado, dia 1 de Setembro, na Cidade Velha e no Largo de São Francisco em Faro. Este é um evento que valoriza o património regional e nacional trazendo os melhores artistas nacionais ao Algarve.
(Maria Simiris / Henrique Dias Freire)