A Feira do Livro está de volta a Olhão depois de um interregno de cinco anos devido “à diminuição da capacidade financeira”, disse ao POSTAL António Pina, presidente da autarquia. “Esta iniciativa é o retomar de uma tradição que Olhão tinha mas que teve de ser interrompida”, explica.
Regressou em dia de feriado, que assinala, além do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, a morte de Luís Vaz de Camões, e nada melhor para comemorar a herança literária do poeta português senão uma feira do livro.
E desengane-se quem pensar que já não se compram livros, Libânio Santos Jorge trabalha no ramo há 50 anos e garante que “hoje em dia se lê muito, ainda que as pessoas pensem que não. Apesar das muitas dificuldades há livros para todas as bolsas”.
E é nas feiras onde se compra mais, afirma Libânio Jorge, responsável pelos stands presentes na iniciativa. “Compram-se mais livros nas feiras porque há a possibilidade de se conseguirem preços mais vantajosos. E estas feiras no Algarve, em particular, decorrem normalmente num período em que as pessoas dispõem de mais tempo, o que também ajuda”, remata o livreiro.
Num investimento de cerca de 10 mil euros, o evento marca presença no Jardim Pescador Olhanense até ao próximo dia 18 e conta com editoras e livrarias de âmbito nacional e regional. “Esta feira tem a particularidade de dar a conhecer nomes de âmbito nacional, mas também autores olhanenses como a Nélia Caetano ou o Fernando Cabrita”, sugeriu o autarca olhanense.
(Com Ricardo Claro)