Dino de Santiago é português e é cabo-verdiano? Sim. De onde vem a sua música? O que está a perguntar a fotógrafa argelina Louise Narbo quando pergunta “Quem me inventará como sou”? O que significa ser um produtor cultural através de uma obra plástica, como o faz Délio Jasse a partir da fotografia? O que é uma obra afropolitana como a de John K. Cobra? O que faz a argelina Amalia Escriva ao filmar o fim de um povo (pieds-noirs)?
Esta coleção de interrogações é uma amostra das que António Pinto Ribeiro (A.P.R.) reuniu para lhes responder por meio das conclusões do seu estudo, no livro “Novo Mundo — Arte Contemporânea no Tempo da Pós-Memória”.
Este trabalho, no qual os artistas contemporâneos são analisados na sua condição de pós-memória, decorre de um projeto de investigação académica “Memoirs — Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias” (Centro de Estudos Sociais, CES, da Universidade de Coimbra), no qual foram mapeados os artistas na condição de pós-memória nas designadas segundas e terceiras gerações de afrodescendentes, em particular na Bélgica, França e Portugal.
Foi “sobretudo a análise das suas obras que permitiu situá-los nesta condição de pós-memória”, escreve A.P.R. na introdução.
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